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Furto em duto da Transpetro compromete abastecimento

Por: Claudio Costa

10/02/2018 - 06:02 - Atualizada em: 11/02/2018 - 09:34

Um novo caso de furto de combustível em um duto da Transpetro prejudicou postos em Jaraguá do Sul. Na noite de quinta-feira (8), dois furos foram descobertos na tubulação localizada em São João do Itaperiú. Na sexta-feira (9), estabelecimentos ficaram sem o abastecimento, feito pelo Terminal da Petrobras em Guaramirim.

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De acordo com o administrador do posto Marechal, Lourival José Demarchi, na sexta (9) o estabelecimento ficou sem combustíveis desde as 11h, porque a reposição do estoque é feita diariamente. Na quinta-feira (8), quando foi feito o pedido, a situação estava normal. Na sexta-feira, o combustível não chegou nas primeiras horas da manhã e, quando o produto acabou, Lourival foi informado de que o conserto dos furos na tubulação impediu que o combustível chegasse até a base em Guaramirim, fazendo com que a distribuição fosse racionada.

Lourival reclama das poucas informações repassadas pela distribuidora, o que gera insegurança nos administradores e prejuízo nas vendas. “Do pedido que eu fiz, disseram que vão ter que cortar uma parte para não deixar o pessoal na mão. Eles emitiram a nota fiscal e provavelmente o caminhão entrou na base para carregar. Com isso nós tivemos um prejuízo nas vendas, porque hoje é um dia mais forte. Nós ficamos cerca de três horas e meia sem poder atender os nossos clientes. A Transpetro tenta encobrir essa situação, mas isso deveria ser repassado para a população”, reclama.

A rede de postos Mime não teve problemas no suprimento em Jaraguá do Sul, mas explica que houve restrição nas entregas feitas pela base de Guaramirim, ou seja, entregaram apenas uma parte do pedido. A preocupação, segundo o diretor de varejo e vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro), Gabriel Wulff, é que haja o desabastecimento devido o grande movimento de consumidores com a chegada do feriadão de Carnaval. Wulff também reclama do posicionamento da Transpetro sobre o problema.

Segundo o vice-presidente, todas informações são recebidas em comentários nos bastidores do setor. Wulff ressalta que é preciso cobrar uma investigação para apontar quem está fazendo esse tipo de furto. A falta de clareza gera insegurança, continua o presidente, e também faz com que a desconfiança seja maior sobre os postos com preços muito abaixo do que são praticados no mercado. “São dois motivos: se tem alguém furtando, tem algum posto comprando do outro lado. O outro é que esse problema desabastece a cadeia toda, deixa os postos sem o produto, o produto chega tarde, deixa o estoque baixo e o cliente fica sem receber o produto, sem ter como abastecer o carro”, disse.

No dia 17 de dezembro do ano passado, um vazamento foi registrado após ladrões furarem um duto para furtar etanol e gasolina. O caso foi registrado no bairro Estrada Quati e o vazamento atingiu o rio que passa pela região. Equipes da companhia foram mobilizadas para retirar os resíduos da água e fazer reparos na tubulação que passa pelo interior do município. Com esse, são três casos de furto registrados desde 2017.

A assessoria de imprensa da Transpetro em Joinville afirmou que não poderia repassar informações sobre o caso. Até o fechamento da edição, a sede, no Rio de Janeiro, não retornou os e-mails que a reportagem do jornal O Correio do Povo enviou.

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, perícia criminal, marketing digital, em inteligência artificial e pós-graduando em gestão de equipes.