A Fujama (Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente) já capturou 52 serpentes até esta quarta-feira (7), em Jaraguá do Sul. Com a chegada do período de calor, a expectativa é de que o número de ocorrências dobre até o fim do ano.
O biólogo Christian Raboch explica que a chegada da primavera marca o fim do período de hibernação. Com as altas temperaturas, cobras e lagartos, animais de sangue frio, saem das tocas e acabam chegando nas residências, em busca de alimento.
Christian explica que as pessoas não podem matar esses animais, pois são essenciais para o equilíbrio natural. Muitas das espécies se alimentam de roedores, que se proliferam muito rapidamente.
“Apesar de muitas delas serem venenosas, elas são importantes para o equilíbrio do ecossistema. Se aparecer uma cobra na sua casa, você pode chamar a Fujama, que trabalha de segunda à sexta, das 7h30 às 17h, e os bombeiros voluntários nos fins de semana”, destaca.
Na região, são comuns espécies venenosas, como a jararaca, jararacuçu e a cobra-coral verdadeira. Essas cobras têm veneno potente e que pode levar uma pessoa adulta à morte. Em setembro, um homem de 50 anos foi picado por um filhote no bairro Santo Antônio.
Os bombeiros voluntários socorreram a vítima com um ferimento perfurante na mão direita. Após os procedimentos de atendimento pré-hospitalar, o homem foi levado para a Emergência do Hospital São José. Mesmo sendo filhote, a jararaca possui peçonha e pode causar acidentes.
“Para evitar a vinda desses animais, as pessoas devem evitar o lixo no chão, que atrai ratos, e evitar o acúmulo de entulhos, o lugar onde elas gostam de viver. Se for fazer uma caminhada no mato, use uma bota, use uma perneira, porque 80% dos acidentes com serpentes ocorrem do joelho para baixo”, recomenda.
Cobra rara
Recentemente, ainda no mês de setembro, Cristhian capturou uma cobra-coral verdadeira em uma residência no bairro Barra do Rio Molha. O animal já foi solto na natureza, em um local longe de residências. Entretanto, foi uma serpente sem veneno que chamou a atenção do biólogo.
A dormideira não tem veneno e é muito comum na região, assim como a cobra-cipó e caninana. Mas a capturada pela Fujama possui uma anomalia genética chamada de xantismo e, portanto, não tem a coloração habitual, muitas vezes confundida com a da jararaca.
“Então, a parte escura dela é amarela e tem essa cor mais branca. Parece um albinismo, mas é um pouco diferente. É tão rara que a Fujama vai fazer uma nota científica para a hepertologia brasileira a respeito dessa espécie com essa anomalia”, destaca.
Telefones úteis:
Fujama: (47) 3273-8008
Corpo de Bombeiros Voluntários: 193
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