“Fria e calculista”, diz delegado sobre viúva que fez passeata pela morte do marido

Foto: Divulgação/Facebook.

Por: Elissandro Sutil

13/09/2021 - 14:09 - Atualizada em: 13/09/2021 - 14:46

“Fria e calculista”. Foi assim que o delegado da Polícia Civil de Mato Grosso classificou Ana Cláudia Flor, viúva do empresário Toni da Silva Flor, 37 anos, que foi assassinado em agosto de 2020.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcel Gomes de Oliveira, a mulher de Toni da Silva é a principal suspeita do crime, que teria sido planejado por motivações financeiras. Ela inclusive chegou a mobilizar a cidade em busca de justiça pelo marido.

O empresário foi assassinado com cinco tiros no dia 11 de agosto de 2020. Ele estava chegando numa academia, as câmeras de segurança do local flagraram o momento em que ele entra no estabelecimento após ter sido baleado.

“O que chamou mais nossa atenção foi a frieza e a dissimulação da Ana Cláudia. Ela ia até a delegacia durante as investigações e chegou ao ponto de organizar uma carreata da saudade. É uma pessoa fria e calculista”, resumiu o delegado.

Ana Cláudia foi presa no dia 19 de agosto e negou as acusações feitas em relação ao assassinato do marido. O advogado dela diz que vai provar a sua inocência.

Leonice Silva Flor, mãe de Toni, contou que desconfiava que o mandante do assassinato do filho teria sido a própria nora.

“No dia do meu aniversário ela veio de tardezinha e falou: pensou que eu esqueci da senhora? Cantou parabéns para mim, me abraçou, me beijou. Mas dava aquele arrepio no meu coração, que era ela [que mandou matar Toni]”, comentou Leonice.

A irmã de Toni, Viviane Aparecida Silva Flor, disse ter ficado em choque ao saber das acusações contra a cunhada. Ela conta que se sentiu traída por Ana.

“Parece que eu tinha levado um murro na boca do estômago, sabe? Era uma sensação de dor, de nojo, de repulsa, porque se teve uma pessoa que confiou nela fui eu. Todo mundo falava que poderia ser ela, várias pessoas, né”, afirmou.

Duas semanas após o assassinato, no dia 27 de agosto, um telefonema anônimo para a delegacia deu detalhes sobre o assassinato. Os policiais ouviram um nome: Igor Espinosa.

“A denúncia informava que o Igor teria comentado que teria matado um lutador de jiu-jitsu na porta de uma academia, e que esse crime teria sido encomendado pela viúva, pela esposa da vítima”, disse o delegado.

Depois do assassinato de Toni, a ex-esposa deu entrevistas em que repetia a versão do crime por engano. E também começou a frequentar a casa da ex-sogra.

Os dois tinham um casamento de 15 anos e Toni deixa três filhas de nove, oito e quatro anos. As meninas estão sob os cuidados da avó materna.

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