O frentista Paulo Sérgio Esperanceta, que jogou gasolina e ateou fogo em um cliente em um posto de combustíveis em Curitiba no sábado (18), foi preso na manhã desta quarta-feira (22), no Bairro de Tatuquara, na capital do Paraná. Ele havia se apresentado à Polícia na segunda-feira (20) e foi liberado. Mas, depois a Justiça expediu um mandado de prisão.
A delegada Magda Hofstaetter, responsável pela investigação, disse que aguarda laudos e análise de câmeras para concluir o inquérito em 10 dias. O advogado Marcel Bento Amaral, que representa o posto, afirmou em nota que, além da demissão do frentista, a empresa está prestando auxílio às autoridades para rápida apuração dos fatos.
Funcionário confessou o crime
“Em interrogatório, Esperanceta confirmou o delito e relatou estar passando por problemas pessoais e que, no momento daquela discussão, perdeu a cabeça e cometeu o ato”, contou a delegada.
A advogada do frentista disse ontem (terça-feira, 21) que o homem não tinha intenção de tirar a vida do cliente e lamentou o ocorrido.
Cena foi flagrada por câmera
Imagens de câmera de segurança do posto (veja vídeo abaixo) mostram Esperanceta e o promotor de eventos Caio Murilo Lopes dos Santos discutindo. Logo em seguida, o frentista joga combustível no corpo do cliente e ateia fogo nele. A vítima se desespera, corre e é socorrida por outro funcionário do posto, que usa um extintor para apagar as chamas.
Caio está internado no Hospital Evangélico Mackenzie com queimaduras de segundo e terceiro graus nos braços e no abdômen, e sem previsão de alta.
Discussão banal
Caio afirmou que o crime foi cometido após uma discussão banal, porque o frentista quebrou a chave do carro dele. “Em nenhum momento eu xinguei, fui ignorante, apenas cobrei por direito aquilo que era meu. Espero que a justiça seja feita, que essa pessoa possa pagar pelo que ele fez. Isso não se faz para o pior inimigo, quem dirá para uma pessoa que está indo trabalhar, um cliente”, disse.
O que disse a defesa
“O investigado não tinha a intenção de ceifar a vida da vítima. Não se tratavam de pessoas que tinham qualquer tipo de inimizade, não se conheciam. Não havia motivos para o denunciado matar a vítima, e em que pese algumas afirmações contrárias, o denunciado nunca almejou o resultado morte, não tinha a intenção de tirar a vida de Caio”, diz trecho da nota divulgada por Celma Karine Castro, advogada que representa o frentista.
*Com informações do UOL