Filho teria presenciado o assassinato da mãe

Edivana Peres, de 24 anos, teria sido assassinada por Dhyon Stavicki, segundo versão dos familiares da vítima - Fotos: Divulgação

Por: OCP News Jaraguá do Sul

15/03/2016 - 15:03 - Atualizada em: 15/03/2016 - 15:21

O fim de semana que passou ficou marcado pelo primeiro homicídio registrado no ano de 2016 em Schroeder. Era por volta das 8h20 da manhã de domingo (13), quando os Bombeiros Voluntários e a Polícia Militar foram chamados para ir até uma residência na Rua Gabriel Vargas, no bairro Schroeder I, onde uma mulher teria sido agredida. Ao chegar no local, as guarnições se depararam com a jovem Edivana Peres, de 24 anos, nua, deitada na cama, já sem sinais vitais e com sinais de esganadura. Um vizinho estava realizando manobras de reanimação. Os socorristas tentaram continuar o procedimento e reanimar a mulher, mas não foi possível, e o óbito foi constatado ainda no local.

Para os policiais, o pai da vítima relatou que Dhyon Stavicki, que teria terminado um relacionamento com a garota há cerca de um mês, teria cometido o crime. Nas redes sociais, Dhyon ostenta fotos portando armas da época em que era integrante do Exército. Até a noite de ontem, ele estava desparecido. Segundo informações dos bombeiros, o filho da mulher, de apenas sete anos, estava na casa e teria presenciado o crime. O corpo de Edivana foi velado no pavilhão da Igreja Nossa Senhora das Graças, ao lado do Colégio Eliza Cláudio Aguiar, gerando comoção da comunidade.

O crime está sendo investigado pela Comarca de Guaramirim, mas a delegada Milena Da Rosa, responsável pela delegacia da mulher, salienta o grande número de boletins de ocorrência registrados em Jaraguá do Sul envolvendo violência doméstica. “De setembro de 2010 até o mês passado, somente em Jaraguá do Sul, foram cerca de sete mil boletins de ocorrência por violência contra mulher. No ano passado, foram 1.466 registros e nos primeiros dois meses deste ano, são 293 casos. Isso porque esses números envolvem apenas os casos registrados em horário comercial. Os casos de fim de semana, à noite e feriados não estão contabilizados” ressalta a delegada.

No caso de Schroeder, vizinhos contaram que o homem em outras ocasiões já teria perdido o controle e ameaçado a vítima. E é justamente situações como essas que, segundo a delegada, devem ser denunciadas. “É importante que uma simples ameaça seja registrada, pois pode ser o início de um caso que pode terminar em morte”, ressalta Milena.