Com o avanço do coronavírus, a compra do álcool em gel virou uma preocupação de todos. A farmacêutica Alessandra Klein Silva, sócia-proprietária da Farmácia Receituário Magistral, esclarece algumas dúvidas sobre receitas caseiras que circulam pela internet, principalmente no WhatsApp.
Alessandra destaca que é muito importante o uso do álcool em gel em vista da praticidade que o produto oferece na assepsia das mãos, uma forma de prevenir a doença que já provocou mortes no Brasil. Ela ressalta que supermercados e farmácias não estão dando conta da demanda gerada pela doença.
A farmacêutica enfatiza que receitas caseiras deixam os profissionais da área da saúde bastante preocupados. O motivo é uso de produtos como gelatina, gel de cabelo e o álcool de cozinha 46º.
“Essas receitas dão uma falsa sensação de proteção e não protegem. O álcool a 46º não tem poder antisséptico. Esse produto teria que ser preparado com álcool a 70º e essa condição é limitada a indústrias e laboratórios, porque precisa de instrumentos de precisão e uma ambiente adequado para ser produzido”, descreve.
Mas o que fazer na falta do álcool em gel? Alessandra destaca que as pessoas lavem as mãos com água e sabão com frequência. A higienização tem que ser feita de forma vigorosa, tem que ser feita nos punhos, na parte superior, inferior e entre os dedos e nas unhas.
Outra questão muito importante sobre as receitas caseiras é que o gel de cabelo acaba servindo como agregador de partículas. Alessandra lembra que as partículas acabam ficando acumuladas nas mãos e não são mortas pelo álcool 46º, o que acaba potencializando a contaminação.
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