Família Brittes é condenada a mais de 50 anos de prisão no caso da morte do jogador Daniel

Foto: Reprodução Instagram

Por: Claudio Costa

21/03/2024 - 07:03 - Atualizada em: 22/03/2024 - 14:40

O Tribunal do Júri condenou os três réus membros da família Brittes, acusados de envolvimento na morte do jogador Daniel Corrêa a mais de 50 anos de prisão, quando somadas. O julgamento aconteceu em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Edison Brittes, réu confesso do crime, foi condenado a 42 anos, 5 meses e 24 dias de reclusão, dois anos e um mês de detenção e o pagamento de 1397 dias/multa, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, fraude processual, corrupção de menor, coação no curso do processo e ocultação de cadáver.

Cristiana Brittes foi condenada a 6 meses detenção e um ano de reclusão, além do pagamento de 20 dias multa pelos crimes de fraude processual e corrupção de menor. Ela foi absolvida das acusações de homicídio qualificado e coação no curso do processo.

Além disso, Alana Brittes foi condenada pelo júri por fraude processual, corrupção de menor, coação no curso do processo a seis anos, cinco meses e seis dias de prisão, além de nove meses de detenção e 240 dias/multa.

Defesa dos Brittes vai recorrer da decisão

A defesa da família Brittes informou através de nota que vai buscar anulação do júri que culminou na condenação dos três réus. Segundo os advogados “diversas nulidades ocorridas no curso do julgamento” podem servir de embasamento para a revisão do cálculo da pena aplicada ao acusado Edison Brittes.

Outro ponto levantado pela defesa é que a pena aplicada para Alana Brittes teria sido “exagerada” e não deveria autorizar a prisão da filha do casal Edison e Cristiana Brittes.

Além da família Brittes, o júri julgou David Willian Vollero Silva, Ygor King, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Evellyn Brisola Perusso e absolveu os acusados.

O julgamento do caso Daniel durou três dias. O primeiro dia do júri durou aproximadamente 14 horas e o segundo 11 horas. Nesta quarta-feira (20), o julgamento começou às 09h04.

O crime

Em 26 de outubro de 2018, Edison, Cristiana e Allana comemoraram o aniversário de 18 anos da jovem em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou na manhã do outro dia na casa dos Brittes, em São José dos Pinhais.

Em depoimento à polícia, Edison Brittes afirmou que Daniel, que também estava na comemoração, tentou estuprar a esposa dele, e que matou o jogador “sob forte emoção”. Antes de ser assassinado, Daniel chegou a trocar mensagens e fotos com um amigo, em que aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes.

O delegado Amadeu Trevisan, em inquérito concluído pela Polícia Civil, afirmou que não houve tentativa de estupro de Daniel contra Cristiana. O oficial alegou que a mulher e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia.

O delegado ainda disse que Daniel não teve como reagir à agressão que sofreu, pois estava muito embriagado. O laudo pericial identificou 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue do jogador, que não estava sob efeito de drogas.

*Com informações de RIC e Correio Braziliense.

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, marketing digital e pós-graduando em inteligência artificial.