Um homem de 30 anos foi preso por intermediar a produção de pornografia infantil no sul de Santa Catarina.
A prisão foi realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira (9).
Segundo a investigação, o autor fingia ser modelo internacional e agenciadora de modelos.
Por meio de um perfil falso, ele solicitava que meninas e mulheres, entre 11 e 21 anos, enviassem fotos de biquíni ou lingerie.
Foram mais de 300 contatos com pedidos de fotos íntimas.
O homem fazia promessas de falsas campanhas para marcas internacionais e dizia que ia entrar em contato com os responsáveis posteriormente.
Conforme elas iam enviando o conteúdo solicitado, o falso agenciador pedia mais fotos, dessa vez sem as peças íntimas.
Algumas meninas negaram enviar o material.
A primeira denúncia foi feita pela mãe de uma das vítimas, de 13 anos, moradora de Tubarão.
Com as investigações, a polícia descobriu que o homem era morador de Capivari de Baixo.
Investigação
Com a análise das mensagens, os policiais identificaram que inúmeras vítimas deixaram de encaminhar as imagens afirmando que os pais não permitiam.
O delegado faz um alerta sobre a importância de que os pais ou responsáveis tenham controle das redes sociais dos filhos.
Lucas de Sá Rezende, delegado da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Idoso) de Tubarão explica que em casos como esse, os responsáveis não devem levar o caso a público antes de registrar um boletim de ocorrência.
“Procure a Polícia Civil, faça um boletim de ocorrência, porque o sigilo é importante para o resultado eficaz das investigações. Se essa mãe tivesse levado esse caso para as redes sociais antes de procurar a polícia, o investigado poderia ter eliminado as provas, excluindo a conta”, concluiu o delegado.
De acordo com Rezende, sete mulheres foram vítimas efetivas, em Santa Catarina, Paraná e no Rio Grande do Sul. O homem ainda chegou a conseguir vídeos de algumas meninas, de 11 a 15 anos, em situações intimas.
A Polícia Civil levou o caso ao juiz da 1° Vara Criminal da Comarca de Tubarão, depois, transferiu para o juiz da vara única de Capivari de Baixo, cidade onde o investigado mora.
Após o parecer favorável do Ministério Público de Santa Catarina, os policias realizaram os mandados de busca e apreensão na casa do investigado, assim como o mandado de prisão preventiva.
Na casa do suspeito foram localizados alguns aparelhos celulares e um notebook, que serão encaminhados para a perícia.
“Assim, vamos poder definir se a obtenção desse material pornográfico seria para atos libidinosos, ou se ele deu algum destino para o conteúdo”, disse o delegado.
Durante o interrogatório, o investigado negou a prática desses crimes.
O inquérito será finalizado em 10 dias, após a obtenção dos resultados da perícia.
Após isso, o MPSC deve decidir se irá oferecer denúncia contra o investigado.
*Com informações do ND+