Falsa enfermeira esperava lucrar R$ 600 mil com venda de supostas vacinas em MG

Foto: Divulgação/Polícia Federal.

Por: Elissandro Sutil

07/05/2021 - 08:05 - Atualizada em: 07/05/2021 - 08:50

Uma mulher, identificada como falsa enfermeira pela Polícia Federal, está sendo investigada por aplicar supostas vacinas contra Covid-19, às escondidas, em empresários de Belo Horizonte (MG).

Segundo a polícia, Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas esperava lucrar R$ 600 mil vendendo mil doses do que dizia ser o imunizante.

A PF teve acesso à troca de mensagens por telefone entre a Cláudia Mônica e parentes. Os textos mostram que a movimentação financeira da família despertou a atenção dos bancos.

Em uma das conversas, o filho de Cláudia, Igor Torres, também investigado, alerta a mãe: “a mulher falou que está entrando muito dinheiro na minha conta. É suspeita de lavagem de dinheiro”.

O delegado Thiago Severo aguarda os dados bancários dos investigados para verificar quanto dinheiro a família movimentou e quais pessoas se envolveram no esquema de vacinação clandestina.

“Vários pagamentos realizados foram por transferência bancária. Então muita gente que eu ainda não identifiquei, porque não tenho essa informação de que se vacinou, provavelmente nessa análise bancária eu vou poder apurar, identificar”, afirma o delegado.

Segundo as investigações, em apenas dois meses, Mônica comprou dois carros novos, celulares e tabletes para os familiares e negociava a compra de um sítio na região metropolitana. Os bens já foram apreendidos pela polícia.

Investigações

Até o momento, três pessoas estão envolvidas no esquema, segundo a polícia: a falsa enfermeira, o motorista que também é genro dela, e o filho da mulher.

Cláudia chegou a ser presa em flagrante e ficou quatro dias detida, mas responde ao processo em liberdade depois de uma decisão da Justiça Federal.

“Até o momento, a gente já tem dentro dos autos a comprovação de que ela agiu junto com o núcleo familiar”, continua. “mas existe ainda a suspeita da participação de outras pessoas que podem ter auxiliado ou de alguma forma colaborado para a propagação dessa ação”, disse Thiago Severo.

Os agentes também tentam comprovar se o material aplicado por Cláudia realmente era vacina contra a Covid-19. Várias pessoas que teriam recebido a injeção aplicada por ela fizeram exames que não identificaram a imunidade pelo novo coronavírus.

Com informações de R7.