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Falsa biomédica é indiciada por cinco crimes após influenciadora morrer durante um procedimento estético

Foto: Reprodução/Redes sociais

Por: Luana Maia

04/10/2024 - 14:10 - Atualizada em: 04/10/2024 - 14:18

Uma falsa biomédica foi indiciada por cinco crimes após uma influenciadora morrer durante um procedimento estético em Goiás.

A influenciadora e modelo Aline Maria Ferreira, de 33 anos, morreu no dia 2 de julho, em Goiânia.

As investigações apontam que a falsa biomédica, Grazielly da Silva Barbosa, utilizou polimetilmetacrilato (PMMA) na aplicação estética realizada em Aline.

A influenciadora foi vítima de infecção generalizada decorrente de um preenchimento no glúteo.

O PMMA utilizado por Grazielly é contraindicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para finalidades estéticas.

Além disso, ela teria impedido que a vítima recebesse atendimento médico adequado.

Durante a internação de Aline no hospital, a falsa biomédica aplicou uma substância injetável anticoagulante.

De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), Grazielly foi indiciada por homicídio com dolo eventual, exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade, indução do consumidor ao erro e falsificação de produtos farmacêuticos.

O inquérito corre em segredo de Justiça.

Grazielly está em prisão domiciliar desde o início de agosto, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A defesa da acusada justificou o pedido de substituição da prisão preventiva, alegando que ela é mãe de uma criança de 9 anos e responsável pelos cuidados de seus pais, ambos diagnosticados com câncer maligno e em tratamento quimioterápico.

Entenda o caso

Grazielly apresentava-se como biomédica, apesar de não ter formação superior na área da saúde.

A prisão foi efetuada pela Polícia Civil no dia seguinte à morte da modelo.

Grazielly é dona do centro de estética Ame-se, localizado no centro de Goiânia, onde o procedimento estético foi realizado.

Inaugurada em novembro de 2023, a clínica funcionava de maneira irregular, sem alvará nem licenças devidas, e foi interditada pela Vigilância Sanitária na mesma data da prisão.

A defesa de Grazielly informou que não teve acesso integral do inquérito e, por isso, não irá se manifestar.

Já o advogado da família de Aline declarou que está satisfeita com o indiciamento da acusada e que lutará pela condenação da falsa biomédica.

*Com informações do Correio Braziliense

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Luana Maia

Acadêmica de jornalismo e estagiária do OCP News