A facção criminosa Los Lobos reivindicou o ataque que matou o candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, de 59 anos. O crime ocorreu nessa quarta-feira (9), 11 dias antes das eleições presidenciais, enquanto o político deixa um comício, em Quito.
Villavicencio estava cercado por diversos apoiadores quando um atirador abriu fogo contra o candidato. Cerca de 30 tiros foram disparados. Villavicencio foi atingido na cabeça e não resistiu. Outras nove pessoas ficaram feridas. Entre elas estão uma candidata a deputada e dois policiais. O autor do ataque também morreu no local.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, um grupo de homens encapuzados e armados assume a responsabilidade pelo atentado e diz pertencer à facção Los Lobos, a segunda maior do Equador. Além disso, também ameaçam outros políticos. Entre eles, o também candidato à presidência Jan Topic.
“Toda vez que políticos corruptos não cumprirem suas promessas quando receberem nosso dinheiro, que é de milhões de dólares, para financiar sua campanha, serão dispensados”, afirmaram os homens. “Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo”.
As autoridades, por sua vez, ainda não vinculam o assassinato do candidato à facção criminosa. Villavicencio também havia declarado ter sido ameaçado pela facção Los Choneros na semana passada.
Apesar das ameaças, as eleições estão mantidas para o dia 20 de agosto.