Um adolescente de 17 anos foi apreendido por policiais depois de lançar dois coquetéis molotov em um morador de rua que dormia em uma calçada, no Pechincha, Zona Oeste do Rio – o ataque foi filmado e transmitido ao vivo por uma rede social.
As informações são do portal G1.
Além das cenas de violência, policiais encontraram arquivos de abuso sexual infantil no celular do adolescente. A família do jovem procurou a delegacia quando o viu nas imagens.
O ataque foi transmitido ao vivo pelo aplicativo de mensagens Discord. O vídeo começou a circular pela internet e chegou até a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), que acionou o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça.
“A partir da veiculação dessa mídia, o Laboratório do Ministério da Justiça oficiou o Discord. O Discord retornou com as informações, dando conta tanto da identificação de uma conta de e-mail, a partir dali foi feito um trabalho de monitoramento, cruzamento de dados e inteligência para identificar de quem seria aquele usuário, bem como a localização do IP”, explica o delegado Cristiano Maia, responsável pelo caso.
A avó e a irmã do jovem o reconheceram na filmagem e procuraram a Delegacia do Tanque.
Os policiais apreenderam o adolescente na manhã desta quinta-feira (20) e ele passou a tarde sendo ouvido na Dcav.
As investigações iniciais indicam que o ataque foi motivado por um desafio. Na casa do jovem, foram encontradas toucas, máscaras e luvas que ele teria usado durante o ataque e também uma faca.
O caso aconteceu na Avenida Geremário Dantas, no bairro do Pechincha, a cerca de 500 metros da casa do jovem.
O homem atacado no vídeo foi identificado como Ludierley Satyro José, de 46 anos; ele sofreu queimaduras em quase todo o corpo e estáinternado no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. O estado de saúde dele é estável.
O vídeo completo, obtido pela polícia, mostra os segundos que antecederam o ataque. A polícia agora tenta identificar quem assistiu à transmissão e o cúmplice responsável por gravar as imagens.
O adolescente vai responder por fato análago a tentativa de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe e meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e ainda por armazenamento de imagens de abuso sexual infantil, que os policiais encontraram no celular dele.