“Ele era o xodó da casa”, lamenta irmã de homem encontrado morto em Jaraguá do Sul

Segundo atestado de óbito, Edimar teve asfixia pulmonar e cardíaca | Foto: Arquivo Pessoal

Por: Elissandro Sutil

02/09/2018 - 15:09 - Atualizada em: 02/09/2018 - 15:37

Jovem e sonhador. É assim que a irmã de Edimar Carlos Chaves, de 25 anos, o descreve. Mas os sonhos do inspetor de qualidade que se mudou para Jaraguá do Sul em janeiro foram interrompidos na madrugada deste domingo (2).

Ele foi encontrado morto por volta das 3h e de acordo com o atestado de óbito entregue à família, a causa da morte foi asfixia pulmonar e asfixia cardíaca, que o levaram a uma parada cardiorrespiratória enquanto pedia socorro em uma residência do bairro Ilha da Figueira, onde também morava.

A Polícia Militar foi acionada durante a madrugada para atender a uma ocorrência de invasão de domicílio e, quando chegou ao local, encontrou Edimar já sem vida. Aos policiais, as testemunhas contaram que ele passou mal e teria convulsionado.

Vania diz que o irmão realmente “invadiu” um terreno em busca de socorro, porque já estaria passando mal e tentava pedir ajuda. “Eu conheço o dono da casa, ele invadiu sim para pedir socorro. Ele estava passando mal e foi pedir socorro, mas não deu tempo”, lamenta.

Edimar morava em Jaraguá do Sul desde janeiro, quando se mudou para trabalhar | Foto: Arquivo Pesoal

A irmã conta que Edimar não tinha qualquer doença diagnosticada que pudesse ser a causa da morte. O irmão, que faria 26 anos daqui a exatamente um mês, no dia 2 de outubro, chegou em Jaraguá do Sul em janeiro, em busca de trabalho. E conseguiu. “Ele chegou em janeiro e no dia 2 de fevereiro já estava trabalhando na empresa com o meu marido”, conta. “Ele era muito trabalhador, jovem, cheio de sonhos”, completa.

Leia: Homem é encontrado morto na Ilha da Figueira, em Jaraguá do Sul

Os três irmãos moram na cidade e Edimar era o caçula da família. Os pais moram em Foz do Iguaçu, no Paraná, para onde o corpo está sendo levado e onde deve ocorrer o sepultamento.

Sem coragem de dar a notícia aos pais – o pai tem 64 anos e a mãe 55 – Vania pediu a um primo e padrinho de Edimar que ligasse. “Eu falei que não ia dar essa notícia para o meu pai e para a minha mãe. Ela está sedada até agora”, diz.

Caçula da casa, Edimar era “um menino sadio e cheio de sonhos”, ressalta a irmã, que conta ainda que o irmão estava esperando ansioso o dia de início das aulas práticas na autoescola, marcadas para o dia 6 de setembro. “É muito triste porque a gente não esperava. É nosso irmão mais novo, único filho homem que meu pai tem, ele era o xodó. Ainda estou sem acreditar, não caiu a ficha”, lamenta.

O corpo de Edimar já está a caminho de Foz do Iguaçu, onde o sepultamento deve ocorrer nesta segunda-feira (3).

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