O mercado brasileiro ganhou uma nova opção de pagamentos online com a chegada da ecoPayz. Criada ainda nos anos 2000, o serviço prestado é semelhante com o que já temos por aqui com empresas como a PagSeguro e o PayPal. Com muito espaço no mercado, essas fintechs se tornaram uma boa alternativa para quem busca facilidade e também taxas menores que as oferecidas pelos bancos brasileiros para compras internacionais. Elas também tem causado uma mudança no comportamento financeiro dos usuários.
Criada na Inglaterra, a ecoPayz iniciou a expansão do serviço ao redor do mundo após 2008. No Brasil, a empresa conseguiu ganhar mais espaço e também mais usuários este ano. Além de realizar pagamentos online, seja por boleto bancário ou então com o registro de um cartão de banco, também existe o serviço de transferência de dinheiro. Ou seja, a empresa permite o envio para uma conta internacional, já realizando a conversão e cobrando taxas abaixo dos bancos tradicionais. O único obstáculo da ecoPayz até o momento envolve o cartão de crédito da empresa, o ecoCard. Após a liberação dele aos brasileiros no ínicio do ano, um problema com a emissora dos cartões fez com que esta operação fosse bloqueada por tempo indeterminado.
O serviço de pagamento online é uma alternativa ao cartão de crédito ou débito, onde um site faz o papel de banco e é um intermediário entre a cobrança do serviço e o cliente. A fintech britânica chega ao país para enfrentar empresas já consolidadas neste mercado. A PagSeguro, que é controlada pelo Grupo Folha, já conseguiu espaço realizando o serviço de pagamentos online. Além disso, a empresa também tem apostado nas máquinas de cartão em lojas físicas e tem obtido resposta. No começo do ano, a empresa arrecadou cerca de R$ 7,4 bilhões em venda de ações. Outra grande rival é o PayPal, talvez a maior empresa de pagamentos online do mundo. Ela já se consolidou no país e tem forte aceitação entre os brasileiros, com mais de oito milhões de usuários cadastrados e com cerca de três milhões de ativos em 2017. Outra empresa tradicional e que está ganhando espaço é a Apple com o Apple Pay, que conseguiu um crescimento de usuários em torno dos 6%, em comparação com o ano passado.
Pagamento online ganha mercado no Brasil
Todas essas empresas ganhando espaço no país é uma amostra de que o brasileiro está mudando o jeito de realizar compras, como tem acontecido principalmente em Santa Catarina. O número de sites prestadores de serviços que aceitam essas fintechs como pagamento está cada vez maior. Seja pela facilidade ou por menores taxas de serviço, usuários e empresas estão olhando para a forma de pagamentos online com novos olhos. O que parecia distante no passado, hoje já é uma realidade.
A principal amostra desta mudança é notar o crescimento de empresas que hoje aceitam esta nova forma de pagamento. A Uber, por exemplo, sempre teve como parceira o PayPal, apenas um exemplo do principal alvo, que parece ser exatamente quem possui maior familiaridade com serviços onlines. A Steam, plataforma de jogos de computador da Valve, hoje aceita praticamente todas as formas de pagamentos online disponíveis. No ramo dos jogos mais tradicionais, a Betway Casino já anunciou um acordo para aceitar também o ecoPayz. Além disso, assinaturas de jornais online, como a Folha de São Paulo, já aceitam a PagSeguro como forma de pagamento da mensalidade.
Fintechs se tornaram símbolo do mercado financeiro
Seja com a chegada do ecoPayz, ou então a consolidação de empresas como a NuBank ou o Banco Inter, a verdade é que as fintechs estão marcando presença no mercado financeiro do Brasil. Segundo dados da Fintech Lab, hoje o país conta com 450 startups voltadas para o mercado financeiro, ou seja, é um crescimento de 22,5% em relação ao ano passado. Além disso, o Brasil também aparece com 44 fintechs na lista das 100 novas empresas com grande potencial na América Latina.
O país, por conta do sistema bancário tão centralizado, busca alternativas para que o cidadão possa fugir das cobranças padrões. Por isso, bancos digitais tem ganhado espaço entre os consumidores, assim como portais que realizam empréstimos pessoais, renegociação de dívidas e até realiza leilões online de propriedades. São serviços sempre feitos pelo computador e que demandam pouco tempo para se concretizarem. Basta ver e esperar qual o futuro do Brasil com todas essas tecnologias e se o mercado financeiro vai diminuir a influência que sofre dos grandes bancos do país.