No dia 10 de setembro de 2022, um homem e uma mulher mataram, por engano, a proprietária de uma empresa com seis tiros, e agora eles receberam a condenação pelo crime cometido.
O julgamento aconteceu nesta terça-feira (3), na Câmara de Vereadores de Garuva.
Miriam Hatsue Abe foi morta dentro do seu estabelecimento comercial, na região central da cidade.
A vítima morreu por engano, no lugar da prima. O motivo do crime foi uma disputa judicial por propriedade no Paraná.
O julgamento, que durou 17 horas, terminou com a condenação dos réus, Obedis Mateus Ferreira Junior e Jessica Alves dos Santos Martins, por homicídio duplamente qualificado – motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O réu acompanhou o julgamento presencialmente.
Já a ré, considerada executora dos tiros que mataram a vítima, está foragida, mas também foi julgada, pois, no início da instrução processual, esta constituiu advogado para representá-la.
O pedido estampado nas camisetas usadas pelos familiares de “Justiça por Miriam” foi atendido e os réus foram sentenciados às penas de 14 anos de reclusão, para Jéssica, e 11 anos e oito meses para Obedis, ambos em regime inicial fechado.
Os réus foram condenados, ainda, a pagar solidariamente uma indenização por dano moral para a família da vítima no valor de R$ 120 mil como reparação mínima pelo mal causado e pela gravidade do crime.
O Conselho de Sentença acolheu as teses do MPSC e votou pela condenação dos acusados.
Cabe recurso da decisão, mas não foi concedido aos réus o direito de recorrer em liberdade.
Obedis teve sua prisão preventiva mantida, pois permaneceu preso durante toda a instrução do processo. Jéssica é considerada foragida pela Justiça.
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