A doceira Margareth Aparecida Marcondes, natural de Joinville, acusada de enviar bombons envenenados para a adolescente Thalyta Teminski, em Curitiba, em março de 2012 teve a pena reduzida pela Justiça. A decisão da redução de pena é do dia 23 de novembro, mas foi publicada no site do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na quarta-feira (29). Ainda cabe recurso.
Agora, em vez de 30 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado, a ré deve cumprir 13 anos e seis meses de punição. Margareth foi condenada, em agosto deste ano, por quatro tentativas de homicídio porque, além de Thalyta, outras três menores provaram os doces. À época da sentença, o advogado dela, Luiz Cláudio Falarz, recorreu da decisão.
Docinhos eram para uma festa de 15 anos| Foto Arquivo
Na nova sentença, o desembargador Clayton Camargo concluiu, então, que Margareth não teve a intenção de envenenar as outras três vítimas e, por isso, a sentença devia ser reformulada. Assim, houve a redução da pena.
Ainda de acordo com a defesa, a doceira pode voltar a ser detida, já que um novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) permite o início do cumprimento da pena após a condenação em segunda instância.
Para tanto, o processo deverá ser encaminhado à Vara de Execuções Penais de Curitiba, onde o juiz responsável vai determinar como e quando a pena será aplicada. Não há prazo para que isso ocorra.
Entenda o caso
Em 2012, a família da adolescente Thalyta havia encomendado os doces para a festa de 15 anos da adolescente. Antes, Margareth enviou algumas amostras para a casa da menor por meio de um taxista. A encomenda foi enviada com um bilhete que dizia para ela provar os doces.
Além de Thalyta, que chegou a ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por oito dias e teve duas paradas cardíacas; outros três menores também provaram os doces e passaram mal. Todos foram levados para o hospital com quadro de intoxicação.