Equipes da Prefeitura de Joinville estão atuando no atendimento de ocorrências relacionadas ao ciclone extratropical que atingiu o estado. Até o fim da tarde desta quarta-feira (10/12), a Defesa Civil de Joinville havia registrado mais de 50 ocorrências entre quedas de árvores, destelhamentos e quedas de postes.
“O ciclone ganhou intensidade em relação aos ventos, conforme a gente havia alertado. As rajadas chegaram a 64 km/h no bairro Vila Nova”, explica Maiko Richter, diretor de Proteção e Defesa Civil de Joinville.
Entre as principais ocorrências estão 28 quedas de árvores, oito destelhamentos, sete atendimentos para verificação de risco de queda de árvore, seis avaliações de risco estruturais em edificações e mobiliários urbanos e uma vistoria.
O trabalho é integrado, com técnicos da Defesa Civil fazendo o monitoramento e avaliações de risco. Equipes da unidade de Gestão Ambiental, Reurbanização Pública e Parques da Secretaria do Meio Ambiente (Sama) trabalham na retirada de árvores que caíram em ruas e obstruíram vias e no recolhimento de material. Essa ação é realizada em parceria com a Celesc e o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.
Agentes do Departamento de Trânsito (Detrans) e Guarda Municipal atuam no monitoramento do trânsito, orientação aos motoristas onde há interdição de vias ou semáforos inoperantes devido à falta de energia elétrica. No total, 24 bairros foram atingidos. Os que registraram mais ocorrências foram América, Morro do Meio, Paranaguamirim e Itaum.
“O maior registro de ocorrências em Joinville foi relacionado as quedas de árvores em vias públicas ou sobre residências. Até agora não temos registro de famílias desabrigadas ou desalojadas. Também estamos trabalhando na distribuição de lonas para quem precisa”, conta Maiko Richter.
No bairro Boa Vista, na rua Antônio de Oliveira Silva, esquina com a rua Albano Schmidt, uma árvore caiu e interditou a passagem de veículos e pedestres. Equipes da Sama e Celesc atuaram para retirar a árvore.
Outro endereço que exige atenção dos motoristas é na rua Florianópolis, esquina com a rua João Petronilho da Costa. Uma árvore de grande porte, com cerca de 30 metros de altura, caiu e atingiu a fiação elétrica. As duas vias ficaram interditadas e os agentes de trânsito orientaram sobre o desvio.
No pátio da Escola Valentim João da Rocha, no bairro Vila Nova, uma árvore de grande porte caiu. Não houve feridos e a árvore não atingiu a estrutura da unidade. As aulas estão mantidas normalmente.
No Mirante também foram registradas quedas de árvores. Por esse motivo, todo o complexo do Parque Zoobotânico e a subida ao Mirante permanecem fechados nesta quinta-feira (11/12) para que as equipes possam realizar os trabalhos de remoção das vegetações que caíram. Os parques Morro do Finder e Caieira estarão abertos.
“A ideia hoje é liberar o fluxo nas ruas para que as pessoas possam chegar em suas casas e fazer suas atividades. Na quinta-feira passaremos recolhendo o material. O trabalho continua na madrugada toda”, explica Jackson Santos, coordenador da unidade de Gestão Ambiental, Reurbanização Pública e Parques da Secretaria do Meio Ambiente.
Entre as ruas atingidas hoje estão rua Natal, servidão Leopoldo Alberto Guilherme Kamke, avenida Beira Rio, rua Visconde de Taunay, rua São Paulo, rua Maria da Conceição Pereira Hack, rua Vila Santa, rua Dona Francisca, rua Palmitos, rua Avaí, estrada Comprida, rua Conselheiro Arp, rua Orestes Guimarães, entre outras.
Equipes permanecem em prontidão
A Defesa Civil segue em atenção e em monitoramento em função do ciclone que continua atuando no estado.
“A tendência é que até o início da noite os ventos diminuam, mas sigam persistentes com rajadas de 30 a 40 km/h. Seguimos no monitoramento para a noite de quarta e manhã de quinta-feira, uma vez que o ciclone segue atuando próximo ao estado. A tendência é de diminuição de rajadas, no entanto, são rajadas persistentes que podem ser ainda intensas”, reforça o diretor da Defesa Civil de Joinville.
A Defesa Civil pode ser acionada pelo número 199 e os Bombeiros Voluntários pelo 193. A recomendação para a população é não ficar próxima de árvores, postes e objetos que possam ser arremessados com a força do vento.