Um homem de 33 anos foi encaminhado ao presídio após ter a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia, nesta quarta-feira (17), em Jaraguá do Sul. Ele foi detido durante a madrugada por porte ilegal de arma de fogo e ameaça, após um desentendimento no trânsito no bairro Vila Nova.
Segundo a Polícia Militar, a ocorrência foi registrada por volta das 0h11, na Rua Walter Marquardt. Um motorista de 30 anos, que conduzia um VW Gol, relatou ter sido ameaçado com uma pistola 9 mm por um condutor de uma Mitsubishi Pajero.
De acordo com a delegada Roberta França, a arma estava registrada no nome do suspeito, que possuía Certificado de Registro (CR) como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). No entanto, o documento havia sido cancelado em 2024.
“O CR dele estava cancelado, e ele tinha a obrigação de entregar ou transferir a arma para alguém com registro ativo”, explicou a delegada, que estava de plantão na Delegacia de Polícia Civil durante a ocorrência.
Com isso, o porte da pistola passou a ser considerado ilegal, já que a documentação estava inválida no momento da abordagem.
Investigação e desdobramentos
O comportamento do motorista da Pajero será investigado pelo crime de ameaça. A Polícia Civil pretende solicitar imagens de câmeras de segurança da região para entender com mais precisão a dinâmica do fato.
O condutor do Gol foi incluído no inquérito como testemunha formal. Ele é considerado vítima da ameaça e também testemunha no crime de porte ilegal de arma de uso restrito.
Relembre o caso
De acordo com a versão da vítima, dois veículos à sua frente aparentavam estar disputando um racha. Ao tentar ultrapassar um deles, teve a passagem bloqueada e foi ameaçado com uma arma de fogo.
Após a denúncia, equipes da PM localizaram o veículo suspeito. Durante a abordagem, a pistola 9 mm foi encontrada no interior da Pajero. O motorista apresentava odor etílico, mas se recusou a realizar o teste do bafômetro.
O suspeito já possui antecedentes criminais. Em um processo anterior, chegou a ser levado a júri popular, mas a acusação foi desclassificada para lesão corporal grave.