O assassinato da professora Catarina Kasteb, crime que chocou Florianópolis no fim de semana, segue sob rigoroso acompanhamento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Agora, o caso foi distribuído para a 36ª Promotoria de Justiça da Capital, com atribuição no Tribunal do Júri, que aguarda a conclusão do inquérito policial. A atuação imediata da Promotoria de Justiça de plantão no fim de semana garantiu a prisão preventiva do suspeito.
A Promotoria de Justiça de plantão da Capital atuou durante o fim de semana e requereu a homologação do flagrante do suspeito e a conversão da prisão em preventiva. O Promotor de Justiça Cristian Richard Stahelin Oliveira, que atendeu o caso, afirmou que, em quase 30 anos de atuação, poucos casos lhe causaram tanta perplexidade pela gravidade e pela violência envolvida.
“Como Promotor de Justiça plantonista esse caso causou perplexidade e indignação. A vítima foi brutalmente assassinada enquanto se encaminhava para uma atividade de lazer, em plena luz do dia e num local público. O Ministério Público de Santa Catarina está empenhado, com toda a sua energia, através dos Promotores e Promotoras de Justiça, a combater toda e qualquer forma de violência de gênero”, afirmou.
O Ministério Público de Santa Catarina atua de forma repressiva e preventiva no enfrentamento à violência contra a mulher, além de combinar estratégias de proteção, educação e articulação interinstitucional. Por meio de campanhas preventivas, protocolos de atuação e parcerias entre instituições, o MPSC busca garantir que mulheres e meninas estejam protegidas antes mesmo de uma agressão ocorrer.
Entenda o caso:

Foto: Reprodução/PCSC
A estudante de pós-graduação Catarina Kasten, de 31 anos, foi encontrada morta na sexta-feira, 21/11, com sinais de violência na região da Praia do Matadeiro, em Florianópolis. Catarina saiu de casa por volta das 6h50, na sexta-feira, para uma aula de natação, de acordo com o relato do companheiro dela no boletim de ocorrência.
Ao perceber a demora de Catarina em retornar para casa, o companheiro da professora acionou a Polícia Militar por volta das 12h, após confirmar que ela não tinha comparecido à aula de natação.
Ao ser preso, Giovane Correa Mayer, de 21 anos confessou ter matado a jovem. Segundo as investigações, o homem teria estrangulado a vítima e cometido violência sexual, antes de abandonar o corpo na trilha. O caso agora segue para a 36ª Promotoria de Justiça da Capital, com atuação no Tribunal do Júri.
Em caso de violência, denuncie!
Se você foi vítima de violência ou assédio, denuncie:
- Na Promotoria de Justiça da sua cidade, confira os endereços e meios de contato neste link.
- Na Ouvidoria do MPSC através do telefone (48) 3229-9306, pelo e-mail [email protected], ou pelo site. Ou pelo 127
- Também é possível entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SEAC) pelo telefone (48) 3330-2570. Além disso, o MPSC também conta atendimento presencial em Florianópolis e Postos de Atendimento ao Cidadão em Lages, Joinville, Balneário Camboriú, Brusque e São José. Para conferir os endereços, clique aqui.
- Procure a delegacia de Polícia Civil da sua cidade.
- Em caso de emergência, ligue para a Polícia Militar por meio do disque 190.
Nota da Polícia Civil
A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o caso de feminicídio ocorrido na última sexta-feira (21/11), na trilha do Matadeiro em Florianópolis. Os laudos periciais indicam que a vítima foi morta por asfixia provocada por estrangulamento. A Polícia Civil ainda aguarda a conclusão de outros laudos periciais para serem juntados ao Inquérito Policial. Novas diligências estão sendo feitas e a investigação está sendo realizada pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Também foi reaberta a investigação sobre um crime de estupro ocorrido em 2022, contra uma idosa de 69 anos, no qual, o autor do feminicídio figura como testemunha. Essa investigação ficará sob a responsabilidade da DPCAMI da Capital.