A cidade de Criciúma não registra homicídios no município há dois meses. Os últimos casos de assassinato ocorreram em 9 e 26 de março, mas desde então, nenhuma nova ocorrência foi registrada. Conforme as forças de segurança, esse feito é resultado de um trabalho intenso e coordenado.
O tenente-coronel Mário Luiz da Silva, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), destaca o empenho da corporação na redução dos índices de violência. “Completamos dois meses sem homicídios na cidade de Criciúma. Inúmeras operações estão sendo realizadas, estamos trabalhando intensamente para melhorar ainda mais a segurança da cidade. Contem com a Polícia Militar”, afirma o comandante.
Eficiência
Já o delegado João Westphal, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), traz uma análise detalhada sobre os números e a eficiência das investigações na cidade.
“A cidade de Criciúma, considerando o número de habitantes fixos e flutuantes, possui um número proporcional extremamente baixo de homicídios. Neste ano, tivemos quatro homicídios. É um número extremamente baixo, menos de um homicídio por mês. Vale destacar que todos estão com a autoria esclarecida, 100% de resolução. Isso é muito importante”, afirma Westphal.
O delegado enfatiza a importância da resolubilidade dos casos como fator preventivo para novos crimes. “Em 2023, a média foi de 92% de resolubilidade. Isso contribui para uma prevenção geral a outros homicídios que possam ser cometidos na cidade. O nosso trabalho está cada vez mais técnico e aprimorado. Por isso, o resultado das nossas investigações está cada vez mais eficiente. Além disso, na fase judicial, a nossa prova tem uma maior credibilidade na confirmação dos indícios no tribunal do júri”, acrescenta.
Relembre os últimos dois assassinatos na cidade
Os últimos homicídios registrados na cidade foram resolvidos com sucesso. Um dos casos envolveu o assassinato de um idoso em circunstâncias complexas, sem testemunhas, o que exigiu um trabalho técnico minucioso da Polícia Civil e da Polícia Científica. Seis criminosos ligados a facções criminosas foram identificados e indiciados por homicídio qualificado.
“Os criminosos acreditavam que o idoso teria cometido algum crime sexual, o que não ficou comprovado nas investigações. Fizeram uma espécie de reunião e decidiram tirar a vida da vítima a pauladas”, detalha o delegado.
Outro caso, que envolveu uma briga entre vizinhos, também foi resolvido. A discussão, originada por uma bola que caiu na casa do atirador, culminou em um confronto fatal. O agressor, que responderá por excesso e posse ilegal de arma de fogo, está em liberdade enquanto aguarda o andamento do processo.
“Já havia um atrito entre os envolvidos. Houve uma discussão sobre uma bola que teria caído na casa do atirador, o que foi negado por ele. Temos imagens com áudio que mostram a vítima bem alterada na cena do crime. Após uma primeira discussão, ele invadiu a casa e quebrou a janela da casa do atirador. Os laudos apontam que quando a vítima quando viu a arma ou tomou o primeiro disparo tentou fugir, porém o atirador continuou disparando. Por isso, ele responderá por esse excesso. Ele está respondendo em liberdade por este crime, além de posse ilegal de arma de fogo”, explica Westphal.
*Informações por Portal TNSul