Na manhã desta quarta-feira (5), o município de Corupá foi um dos alvos da operação “Digitale Jagd” (Caçada Digital), deflagrada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) em conjunto com a Polícia Militar Ambiental (PMA). A ação, coordenada pela 13ª Promotoria de Justiça de Blumenau, tem como objetivo combater crimes contra a fauna silvestre em Santa Catarina.
Em Corupá, foi cumprido um dos 18 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Regional de Garantias de Blumenau. A operação ocorre simultaneamente em outras oito cidades do estado.
Durante a ação geral, seis pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, mas não há confirmação pública de prisões realizadas especificamente em Corupá.

Foto: Divulgação
Operação investiga uso de redes sociais e comércio ilegal
A investigação começou a partir de um relatório do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, que identificou a atuação de grupos envolvidos com caça ilegal, comércio de carne silvestre, armas e cães de caça, além de práticas para driblar a fiscalização ambiental. A troca de informações entre os suspeitos ocorria, principalmente, por meio de aplicativos de mensagens.
O nome “Digitale Jagd” vem do alemão e significa “Caçada Digital” — uma referência à forma de organização do grupo investigado, que se articulava virtualmente para planejar expedições de caça e compartilhar técnicas de abate.
Apreensões e análises periciais
Os materiais apreendidos serão analisados pela Polícia Científica, que deve produzir laudos periciais para contribuir com o avanço da investigação. O objetivo é identificar com clareza o funcionamento da associação criminosa e a participação de cada envolvido.
Mais de 130 agentes públicos participaram da ação, entre policiais militares, integrantes do GAECO e bombeiros, atuando em nove municípios, incluindo Corupá.
A investigação segue sob sigilo e novas informações poderão ser divulgadas assim que os autos forem tornados públicos.