Conselheiro LGBT de Santos é acusado de assédio de menor e se diz vítima de ameaças. “Foi uma piada idiota”, afirma

Reprodução/Redes Sociais

Por: Pedro Leal

10/06/2024 - 16:06 - Atualizada em: 10/06/2024 - 16:23

Um ativista LGBT+ de 24 anos, foi acusado na última sexta-feira (7) de oferecer sexo oral a um menino de 13 anos, no banheiro em um espaço comercial, localizado no bairro Gonzaga, em Santos, litoral sul de São Paulo.

Após a repercussão do caso, ele afirmou que passou a sofrer ameaças de morte e, por isso, pede ajuda financeira para se mudar do estado paulista. Ao Portal G1, ele confirmou ter oferecido sexo oral ao menino, mas disse ter sido apenas “uma piada idiota”.

As informações são do Portal G1 e da revista IstoÉ.

A mãe do adolescente, Talita Santos, de 31 anos, registrou um boletim de ocorrência e relatou que o ativista teria perguntado ao seu filho se poderia fazer um bo***(sexo oral). Ele atuava no ConLGBT (Conselho Municipal de Políticas LGBT+) de Santos.

Por meio de nota divulgada no Instagram, o órgão disse que repudia veementemente qualquer forma de comportamento ilícito ou desrespeito. O homem pediu afastamento do movimento, que foi rapidamente aprovado.

De acordo com a mãe do menor, o filho relatou ter entrado na cabine do banheiro e que a porta bateu com força. O próprio adolescente reagiu dizendo: ‘eita’, momento em que o homem, de 24 anos, repetiu a palavra.

O agora ex-conselheiro da causa LGBT+ estava na cabine ao lado e, depois da primeira interação, fez a pergunta de cunho sexual ao adolescente. Talita, que aguardava o filho do lado de fora, disse que o adolescente deixou o banheiro correndo na direção dela.

A mãe contou ter ficado indignada com a situação e pedido ajuda de funcionários do shopping, que deram apoio e aguardaram o homem sair do banheiro; ele teria ainda demorado a deixar o banheiro e, em um primeiro momento, negado o assédio.

Com a chegada dos policiais, os envolvidos foram encaminhados para o 7º Distrito Policial (DP), onde o menino foi ouvido e a mãe registrou um boletim de ocorrência.

Revoltada com a situação, a autônoma gravou o rosto do homem e conversou com funcionários de lojas no shopping, que disseram que ele já é conhecido por assediar pessoas dentro do banheiro.

Em suas redes sociais, o acusado disse que “não sou o que estão dizendo”.

“Preciso ir embora do estado para tentar garantir minha segurança, porém, com isso perdi todos os meus trabalhos e não tenho dinheiro”, completou.

O homem definiu uma meta de arrecadar R$ 950 para comprar a passagem, custear a alimentação e se manter nos primeiros dias. “Não posso divulgar essa vaquinha amplamente, infelizmente, o que dificulta muito”, disse.

A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que o caso foi registrado como tentativa de estupro de vulnerável na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Santos. “Detalhes serão preservados por envolver menor de idade e por se tratar de crime sexual”, finalizou.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).