Cirurgião que passou 35 anos preso é suspeito de tentar matar homem em SC

Fotos: Divulgação / Polícia Militar | Redes sociais

Por: Luan Tamanini

03/05/2024 - 16:05 - Atualizada em: 03/05/2024 - 16:39

O cirurgião plástico Hosmany Ramos, de 79 anos, foi preso na última quarta-feira (1º) por suspeita de tentativa de homicídio em Itajaí. Conforme a Polícia Militar, ele é suspeito de atirar de raspão na cabeça de um homem – mas afirmou que a vítima atirou acidentalmente contra ela mesma.

Ex-assistente do famoso cirurgião plástico Ivo Pitanguy, Ramos foi condenado a 45 anos de prisão por crimes como homicídio, sequestro e assaltos. Entre os crimes pelo qual ele foi acusado, está o assassinato do piloto Joel Avon, que foi morto a pauladas e tiros em um hotel em Itapacerica da Serra (SP), em novembro de 1981.

Segundo as autoridades, Ramos assassinou o piloto para impedir que ele revelasse os crimes cometidos pelos dois. Ele também foi investigado pelos crimes de contrabando, tráfico de drogas e roubo de joias, carros de luxo e até de um avião de pequeno porte.

O cirurgião passou mais de 35 anos preso e foi solto em 2016, após extinção do restante da pena. Enquanto preso, porém, tentou fugir da cadeia em dez oportunidades. Além disso, ficou foragido após não retornar da saída temporária, em 1996 – mas acabou preso um mês depois, após participar do sequestro frustrado de um fazendeiro no interior de São Paulo.

O crime

A ocorrência foi registrada no bairro Cabeçudas. No local, os policiais encontraram Ramos sendo contido por populares, enquanto o outro homem recebia atendimento da equipe do Samu, com um ferimento na cabeça.

Consciente, o homem baleado disse que Ramos o procurou há cerca de dois meses demonstrando interesse na compra de alguns imóveis próximos de sua residência.

Segundo ele, os dois então combinaram de visitar os imóveis e conhecer os terrenos no feriado. Durante o caminho, porém, Ramos teria sacado uma arma de fogo e atirado contra ele. A vítima disse ainda que lutou contra o suspeito, conseguindo tomar a arma dele, e saiu do veículo para pedir ajuda.

Já Ramos afirmou que a arma pertencia ao homem baleado. Ele disse que os dois possuíam divergências em negócios envolvendo a propriedade de uma instituição de ensino, e que o homem teria partido para cima dele com a arma. Segundo ele, os dois entraram em luta corporal, e o homem acabou atirando contra a própria cabeça.

No local do crime, foram apreendidos um revólver sem numeração de registro, uma munição percutida e não deflagrada, um estojo vazio e três munições intactas no tambor.

Por fim, o homem baleado foi conduzido ao hospital. Já Ramos foi conduzido à Central de Polícia.

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