Cidades de Santa Catarina registram a chamada chuva preta

Fotos: Defesa Civil/Divulgação

Por: Claudio Costa

13/09/2024 - 10:09 - Atualizada em: 13/09/2024 - 10:58

Maravilha, no Oeste, foi o primeiro município de Santa Catarina a registrar a chamada chuva preta.

Moradores de Chapecó, Maravilha e São Miguel do Oeste também registraram o fenômeno

A cidade foi afetada pelo fenômeno causado pela presença de fuligem e cinzas na atmosfera, resultantes das queimadas que atingem o Centro-Norte do Brasil.

A fumaça, que já vinha sendo observada em diferentes regiões do estado, se misturou com a precipitação, escurecendo a água da chuva.

 

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A Central de Monitoramento da Defesa Civil de Santa Catarina já havia previsto o fenômeno, alertando sobre a possibilidade de chuva preta devido à alta concentração de fumaça e fuligem no ar.

Esse aviso reforçou o monitoramento contínuo das condições atmosféricas, especialmente após a fumaça se deslocar para o Sul do país.

O fenômeno pode se repetir em outras cidades catarinenses até essa sexta-feira (13).

De acordo com o meteorologista chefe da Defesa Civil, Felipe Theodorovitz, a precipitação se deve em decorrência de uma frente fria que passa pelo estado.

 

 

A chuva começou pelas áreas de divisa com o Rio Grande do Sul e a partir desta quinta e ao longo do fim de semana avança em direção às demais regiões do estado.

Os meteorologistas ainda destacam que a chuva preta não é visível em coloração escura caindo da atmosfera. O fenômeno é mais facilmente detectado ao tocar o solo.

Impactos e cuidados

A Defesa Civil orienta a população a tomar cuidados especiais diante dessa situação.

“A chuva preta pode conter substâncias tóxicas e perigosas para a saúde, principalmente a respiratória. Recomendamos que as pessoas evitem o contato direto com a água da chuva, e que essa água não seja consumida”, destacou Felipe Theodorovitz.

Entre as principais recomendações estão:

  • Evitar exposição à chuva: Permaneça em locais fechados sempre que possível.
  • Não utilizar a água da chuva para consumo, higiene pessoal ou atividades domésticas.
  • Fechar portas e janelas para minimizar a entrada de fuligem nos ambientes.
  • Utilizar máscaras ou lenços para proteger nariz e boca, especialmente para pessoas com problemas respiratórios.

Desde a previsão da ocorrência, a equipe de monitoramento da Secretaria da Proteção e Defesa Civil, em parceria com órgãos ambientais, tem acompanhado de perto a qualidade do ar e as condições meteorológicas em Santa Catarina.

A Defesa Civil também destaca que os catarinenses devem acompanhar as atualizações pelos canais oficiais, como o site e os aplicativos da Secretaria, que continuam emitindo alertas e orientações em tempo real.

O fenômeno, apesar de atípico, reforça a importância da preparação e do monitoramento eficaz em eventos climáticos adversos.

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, marketing digital e pós-graduando em inteligência artificial.