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Casal de Jaraguá do Sul que estava em balão que pegou fogo e caiu em SC diz que foi salvo pelo piloto

Foto: Reprodução redes sociais

Por: Elisângela Pezzutti

23/06/2025 - 14:06 - Atualizada em: 23/06/2025 - 15:39

O casal morador de Jaraguá do Sul, Rodrigo Abreu e Cláudia Abreu, estava no balão que pegou fogo e caiu na manhã de sábado (21), em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, quando oito pessoas morreram. Os dois conseguiram saltar antes do balão voltar a subir.

Segundo publicaram em uma página do Instagram ainda no sábado, ambos estão bem fisicamente, porém muito abalados com a tragédia.

Na publicação eles afirmaram que “não há palavras para explicar o horror que foi” e que graças a Deus ganharam uma nova chance de vida.

Escreveram ainda que, quanto à empresa responsável pelo voo, foram sempre muito atenciosos e organizados. “O que aconteceu foi uma tragédia, onde o piloto fez tudo o que pode para salvar quem estava no balão”.

Morador de Jaraguá do Sul conta sobre momento da tragédia

A Rádio 105 FM, de Jaraguá do Sul, publicou neste domingo (22), o depoimento de Rodrigo Abreu sobre o acidente. De acordo com Rodrigo, tudo aconteceu muito rápido e o piloto ajudou ele e a esposa. Não foram divulgadas fotos do casal.

Confira:

“Fico muito triste pela família dos outros, assim, a moça que perdeu a mãe e a irmã estava do meu lado, a gente estava no mesmo lugar. A mãe e a irmã e a que sobreviveu, a gente estava no mesmo, nós cinco, eu e minha mulher, nós cinco estávamos no mesmo lugar, no quadradinho, né, dividido. A gente estava junto ali e tudo, e… cara, foi uma pena, assim, cara. É só mesmo agradecer a Deus porque me protegeu, protegeu minha mulher. E como te falei, fico muito triste pelos outros… o que posso falar novamente é que, assim, cara, o piloto fez tudo que podia fazer, tudo. Ele baixou, ele baixou o balão, ele instruiu todo mundo, ele instruiu, baixou o balão, ele avisou, ele falou ‘vai bater, vai bater forte, vai bater forte no chão. Quando eu bater, pula’, ele instruiu todo mundo, ele fez tudo que podia, cara, e infelizmente foi muito rápido. Porque quando bateu no chão, bateu, vou te falar assim, bateu, tirei a ‘baixinha’ do balão, falei ‘pula amor’, aí o balão me arrastou um tempo, graças a Deus soltou meu pé que estava preso e o balão já subiu, daí subiu, subiu voando, subiu muito, muito rápido. Daí pra frente, cara, dali pra frente ficou difícil… logo que começou a subir, já começou a pegar fogo, assim, dali a uns, sei lá, 30, 40 segundos… o fogo ele pegou, não sei por que… acho que qualquer um que fale… a não ser o piloto, é tudo especulação… Mas foi bem rápido. Eu vi uns vídeos… os vídeos mostram lá em cima, cara, o balão estava bem baixinho, a gente estava baixo, desceu. E quando desceu, tipo, ele já desceu, mandou pular, tipo, não tava alto… uns 30 metros, 40, 50 metros de altura, e já desceu, ele desceu muito rápido. Daí quando levantou, ele levantou muito, aí subiu de uma vez só, por isso que foi pra aquela altura toda… eu não vi mais nada, entendeu? Eu não olhei pra trás… a gente ao mesmo tempo fica feliz, que graças a Deus está bem e fica triste porque, pô, tem muita gente… sabe… muita gente que perdeu família. Também o piloto que não tem culpa de nada, eu acho… o cara fez tudo o que podia na minha cabeça, o cara me salvou. Minha concepção é que ele salvou eu e a minha mulher… quem salvou foi o piloto.”

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Elisângela Pezzutti

Graduada em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.