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Casa da Mulher, de Guaramirim, fica em terceiro lugar em prêmio do CNJ

Pastor recebeu o prêmio das mãos do Ministro do STF Luiz Fux | Foto: Divulgação CNJ

Por: Claudio Costa

13/09/2022 - 02:09 - Atualizada em: 13/09/2022 - 02:55

Um projeto que ajuda mulheres vítimas de violência doméstica em Guaramirim ganhou reconhecimento nacional após receber uma premiação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no fim de agosto. A Casa da Mulher ficou em terceiro lugar no Prêmio Juíza Viviane Vieira do Amaral, na categoria Organizações Não Governamentais.

A Casa da Mulher ajuda as vítimas a saírem do convívio com os ofensores desde 2019. Rudi Sano, criador do projeto e pastor da Igreja Batista, destaca que a inscrição foi feita em cima da hora e sem muita pretensão.

Foto: Fábio Junkes/OCP News

“No último dia, a gente fez a inscrição com todos os dados sobre o atendimento que a gente faz aqui. Após três meses, o CNJ entrou em contato com a gente dizendo que passamos pelos critérios de avaliação e ficamos em terceiro lugar concorrendo com 170 projetos a nível de Brasil. Então, nós embarcamos para Brasília para receber a premiação ”, afirma o pastor.

“É um grande reconhecimento para o nosso trabalho. Nós começamos a estruturar esse projeto de uma maneira simples, mas ele não é simples no objetivo. Nosso projeto busca combater a violência contra a mulher e, principalmente, salvar vidas. Quando a gente começou, não imaginava todas as parcerias feitas, o envolvimento das polícias Civil, Militar, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, do Ministério Público de Santa Catarina, das empresas e da própria comunidade”, completa.

Foto: Fábio Junkes/OCP News

Acolhimento

Com o acolhimento das vítimas, os membros do projeto buscam dar fim a escalada da violência que acaba terminando no feminicídio. Mais de 100 mulheres de Guaramirim, Jaraguá do Sul, Schroeder, Corupá, Massaranduba e Pomerode passaram pela casa de acolhimento durante os três anos de trabalho.

“Muitas dessas mulheres vêm com filhos e isso acaba ocupando um espaço maior. Por causa disso, quase sempre as vagas do serviço de acolhimento estão lotadas. A gente tem uma parceria muito importante com a Unisociesc para o acompanhamento psicológico e com a Ação Social, que oferece o curso de corte e costura, isso faz com que essas mulheres consigam um lugar na sociedade. Por ser um polo têxtil, empresas como a Lunelli absorvem muita mão de obra dessas mulheres. A gente recebe a mulher em uma situação muito vulnerável e, em três meses, coloca ela para seguir a vida longe do ambiente de violência”, destaca o pastor Rudi Sano.

Foto: Fábio Junkes/OCP News

Rudi enfatiza que muitos recursos são obtidos por meio de ações como feijoadas e pasteladas. Porém, há um importante engajamento da comunidade na manutenção do serviço oferecido de forma totalmente gratuita para as mulheres.

Foto: Fábio Junkes/OCP News

“A gente recebe muitas doações de produtos de higiene pessoal, de limpeza e alimentos. Muitas pessoas ficam sabendo do nosso projeto e entram em contato. Para nós, isso é fantástico, porque muitas mulheres vêm direto do hospital com a roupa do corpo. Aqui, elas recebem roupas e um kit com produtos de higiene”, descreve.

Com ajudar:

Chave Pix: CNPJ 41052727000108

Whatsapp: (47) 8498-0784

 

 

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, perícia criminal, marketing digital, em inteligência artificial e pós-graduando em gestão de equipes.