A Justiça Eleitoral cassou o registro de um candidato a prefeito e do seu vice em Palmares do Sul, declarou os dois inelegíveis pelo período de oito anos e ainda aplicou multa para ambos. Na sexta-feira (11), foi julgada procedente uma ação de investigação judicial eleitoral do promotor de Justiça da Comarca, Leonardo Rossi.
Os dois políticos, que não se elegeram no pleito deste ano, foram alvo de duas operações, dias 4 e 8 de junho, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por desvio de doações de vítimas das enchentes. Na ocasião, foram deflagradas as operações Desvio 1 e 2.
Leonardo Rossi confirmou que os donativos não haviam passado oficialmente pela Prefeitura e que grande parte das doações foi para o candidato. Depois disso, ele encaminhou para famílias não flageladas e que seriam supostos eleitores dele. “Ou seja, eles usaram as doações de vários Estados para fazer campanha eleitoral. Eles cometeram apropriação indébita, peculato e associação criminosa”, ressalta o promotor.
Na segunda fase da Operação Desvio, quando foram cumpridos 11 mandados de busca, os alvos foram os dois políticos e um familiar de um deles. Na primeira operação, quando foram cumpridos quatro mandados de busca, também eram três investigados e um deles o mesmo candidato a prefeito que foi alvo da segunda etapa e que teve agora o registro da candidatura cassado.