BMW passou por quatro alterações no motor antes da morte de jovens em BC

Divulgação/PCISC

Por: Pedro Leal

13/01/2024 - 08:01 - Atualizada em: 13/01/2024 - 09:41

Quatro alterações à estrutura original da A BMW em que os quatro jovens foram encontrados mortos em Balneário Camboriú foram detectadas pelos exames periciais realizados no carro, alguns com o apoio da empresa fabricante.

Segundo a Divisão de Engenharia Forense da PCISC, as alterações buscavam aumentar a potência e o ronco do motor do carro.

Uma dessas alterações teria sido responsável pela morte dos jovens: a retirada da peça original do catalisador – responsável por eliminar 90% do Monóxido de Carbono emitido pelo motor – e sua substituição por uma peça similar chamada de “downpipe”.

Além de não apresentar o sistema de filtragem dos gases, o novo componente se rompeu durante o uso.

Em um teste de medição de Monóxido de Carbono, foram necessários apenas 16 minutos com o ar condicionado ligado para chegar a contagem de 1.000 ppm (partes por milhão), o nível limite do medidor.

Nesta sexta-feira (12), uma coletiva de imprensa foi realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Florianópolis, para divulgar informações sobre o caso e resultados das perícias.

Segundo a Polícia, os corpos não apresentavam lesões traumáticas, o que descartou nas investigações a possível ação de terceiros.

Além disso, os exames do setor de Toxicologia Forense descartaram a presença de entorpecentes, venenos e bebidas alcoólicas nas vítimas.

Da mesma forma, não foi identificada a presença de drogas no veículo nem sinais de violência nas vítimas.

Os exames de carboxihemoglobina apontaram níveis fatais de monóxido de carbono nas vítimas.

Em três dos jovens, a presença da substância era superior a 50% – a quarta vítima ficou entre 49% e 50%.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).