Bismark José Cândido, de 25 anos, e Querem da Silva Netto, de 19 anos, pais da bebê de um ano morta asfixiada por ele, em casa, no bairro Esperança, em Siderópolis, foram autuados em flagrante pela Polícia Civil.
Segundo o delegado Fernando Possamai, responsável pelo procedimento, ela foi autuada por tortura e omissão e, ele, por homicídio triplamente qualificado, por feminicídio (em razão de violência doméstica e familiar), asfixia e sem direito de defesa da vítima, além de maus-tratos por parte de ambos, já que a violência, física e psíquica, era constante contra os filhos, inclusive na falta de cuidado com a alimentação e higiene das crianças.
Além da menina de um ano, eles ainda têm um menino, de três anos.
Ela disse à Polícia Militar que, após a meia-noite, ele tentou tapar a boca e o nariz da criança, tentando sufocá-la, por estar “chorosa”. Disse que a criança voltou ao “normal” e que dormiu a noite toda. Que pela manhã foi realizar a troca de fralda da filha, mas que ela já estava “gelada e sem vida”. Que saiu desesperada e pediu ajuda ao cunhado, que mora à frente, e que então o cunhado conseguiu um carro para levar a bebê ao Pronto Atendimento São Lucas.
Já ele chegou a dizer que, de ontem para hoje, a bebê estava toda “mole; que foi dar comida para ela e sentiu cheiro de fezes e que na madrugada chegou a dar mamadeira”. Que a companheira foi trocar a fralda pela manhã e notou a situação.
O crime foi constatado na manhã desta segunda-feira, por volta de 10h, mas segundo o IML, o óbito da criança foi causado ainda de madrugada. Pela manhã, os pais foram procurar atendimento médico no posto de saúde do município, alegando que a criança tinha sofrido um mal súbito.
Foi então que a Polícia Militar foi acionada e efetuou a prisão do casal.
Inclusive, Bismark estava em livramento condicional do Presídio Santa Augusta pelo crime de assalto.
Além do delito de roubo, ele ainda tinha passagens por tráfico de drogas, furto, receptação, dentre outros. Ao todo, possui 21 boletins de ocorrência registrados no sistema policial, sendo três prisões em flagrante.
Segundo os próprios familiares, não é a primeira vez que agressões ocorrem – inclusive foram mandados embora pelos pais de ambos por isso -; que são usuários de drogas e que a mulher acobertava a violência.
Hoje ela disse à polícia que também era agredida por ele, que tentou evitar a agressão na bebê e que foi empurrada, representando contra ele pelo crime de violência doméstica. Ele negou todas as acusações.