Através de NFTs, grupo criminoso de Balneário Camboriú deu golpe internacional de R$ 100 milhões

Foto: Pixabay

Por: Pedro Leal

27/02/2024 - 13:02 - Atualizada em: 27/02/2024 - 13:20

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (27) a Operação Fast, com a finalidade de combater uma associação criminosa que atua em projetos fraudulentos relacionados à criação de criptomoedas e NFTs (“Non Fungible Tokens”).

As investigações identificaram aproximadamente 22 mil vítimas no Brasil e no exterior e perdas no valor aproximado de R$ 100 milhões de reais.

Na ação, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Itajaí, Balneário Camboriú, Curitiba e Londrina. Também estão sendo executadas medidas de sequestros e bloqueios de bens de cinco pessoas e três empresas.

A organização criminosa, baseada em Balneário Camboriú/SC, desenvolveu diversos projetos interligados, pelos quais os investidores adquiriam uma criptomoeda criada pelo grupo com suposto valor vinculado a supostas parcerias com empresas, prometendo altos lucros por meio de corretoras de criptomoedas.

O lançamento foi promovido em uma feira de criptoativos em Dubai.

Posteriormente, a organização também passou a atuar na comercialização de franquias de mobilidade urbana, o que continua sendo divulgado pelos integrantes.

Os integrantes do grupo responderão pela prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas totais previstas podem chegar a 28 anos de reclusão.

A investigação foi iniciada após análise de denúncias recebidas pelo canal oficial da Polícia Federal em Itajaí para tratamento de informações sobre pirâmides financeiras (denunciapiramides.iji@pf.gov.br). A PF reforça que as denúncias encaminhadas por esse canal são tratadas com total sigilo.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).