Uma mulher de 28 anos ficou com o rosto deformado após ser agredida em uma bailão em Guaramirim. O caso aconteceu às margens da BR-280, no Centro, na madrugada do dia 23 de julho.
Joseliane Calisto Dominhak acusa um dos seguranças do local de ter cometido as agressões. Após ser golpeada, ela teve o nariz quebrado em dois locais, além de dois dentes fraturados e uma lesão na parte superior da arcada dentária.
Ela está fazendo exames complementares, mas não consegue trabalhar como diarista e vendedora autônoma por causa dos ferimentos.
A vítima conta que foi até o bailão com um casal que conhecia há pouco tempo e que foi a primeira fez que frequentou o local.
Joseliane contou que estava com uma bolsa e, como não conhecia bem as pessoas com quem estava, pediu para uma funcionária guardar.
“Eles disseram que não tinha guarda-volumes, mas que guardariam a bolsa porque eu pedi. Eu dancei o baile todo e houve uma confusão, mas eu não teve nada a ver comigo. Eu não quis ir junto com o casal e acabei ficando sozinha no final do baile. Eu peguei a minha bolsa e saí, mas não tinha o meu dinheiro e não tinha como eu ir embora”, lembra.
Joseliane lembra que a funcionária disse que não era problema dela e que o dinheiro provavelmente foi gasto durante a noite.
Porém, a vítima ressaltou que não pegou a bolsa durante toda a noite.
“Então, eu falei que iria chamar a viatura porque eu moro em Jaraguá do Sul e não tinha como ir embora. Eu peguei o telefone e, quando estava falando com a polícia, ela chamou o segurança para me colocar para fora. Ele veio, me deu uma gravata e aí não lembro de muita coisa porque tudo escureceu. Eu acordei lá fora após uma pancada na cabeça, com ele virando as costas e o povo gritando com o segurança. Quando eu passei a mão no nariz, eu senti um enorme buraco”, explica.
O proprietário do estabelecimento socorreu Joseliane e a levou para o Hospital Santo Antônio. Porém, ao dar entrada na unidade, ele não aguardou a chegada da guarnição da Polícia Militar.
“Eu estava chorando muito e gritando de dor. Quando eu falei que a polícia estava vindo, pedi pra ele ficar no local para dar o depoimento, mas ele disse que não iria ficar. Ele simplesmente me largou no hospital e foi embora. Eu estava com pouca bateria no celular e não consegui avisar a minha família, inclusive para a babá que estava com os meus filhos”, recorda.
A vítima tem uma filha de dois anos e um outro filho de oito. Ela conta que as duas crianças ficaram horrorizadas ao ver a mãe naquele estado.
Joseliane lamenta que eles estão passando por um momento difícil por causa da agressão.
“No dia 29, foi muito triste passar o aniversário da minha filha com o rosto deformado. O meu filho está no retorno da escola e está indo com a cabeça bastante abalada. A minha situação está muito complicada porque eu não tenho como sair para trabalhar”, frisa.
Chefe de segurança nega agressão
O responsável pela segurança no bailão negou que a agressão partiu de um dos seguranças. Ao ser questionado pela reportagem do OCP, ele afirmou que a mulher apresentou diversas versões da história e que eles podem provar que os profissionais que atuam no estabelecimento não estão envolvidos na ocorrência.
“Eu tenho um áudio em que ela diz que não viu quem pegou ela. Ela se envolveu em uma briga no estabelecimento. Quando voltou para dentro, ela estava toda machucada e não ficou inconsciente. O dono da casa foi quem levou ela para o hospital porque ficou com pena”, comenta o homem que não quis se identificar.
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