Após casos de violência, Sul catarinense registra manifestações contra a transfobia

Por: OCP News Criciúma

21/10/2020 - 20:10 - Atualizada em: 21/10/2020 - 20:57

Na manhã desta quarta-feira, a comunidade LGBT e simpatizantes se reuniram em frente aos fóruns, de Criciúma e Içara, com carreata entre os trajetos, para manifestar contra os casos de transfobia, que vem sendo registrados com frequência na região. O principal pedido de momento é a punição dos agressores.

Bastante debilitada, e na cadeira de rodas, a jovem trans, moradora de Criciúma, Rebeka Curtts, de 28 anos, vítima de uma tentativa de latrocínio na manhã de sábado, em Içara, esteve presente.

Inclusive, ela está fazendo uma vakinha on-line para ajudar nas despesas, cerca de R$ 20 mil, da sua recuperação.

Rebeka foi atingida com mais de 30 facadas, a maioria na região da cabeça, por dois homens durante um programa. Um deles já era seu cliente. Os agressores fugiram levando o carro da vítima, encontrado abandonado no mesmo dia, e um celular.

Ela recebeu mais de 100 pontos, teve parte do rosto desfigurado, por pouco não ficou cega e ainda teve que raspar a cabeça.

O caso, que ganhou repercussão nacional, já está sob o comando da Polícia Civil. Ninguém foi preso até o momento.

Confira AQUI o link da vakinha.

Outro caso

No mês passado, a jovem trans, modelo, blogueira e dançarina, Vanessa Vivian Dresch, de 24 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio por transfobia, no bairro Próspera, em Criciúma.

Durante um programa, ela foi brutalmente agredida por um suposto cliente que a feriu no pescoço com um golpe de chave de fenda e ainda quebrou parcialmente quatro dentes da vítima.

Manifestação

Assim como diversos grupos, o LGBT do Rebeldia Criciúma foi um dos que se manifestaram sobre o ocorrido.

“Nós do grupo LGBT do Rebeldia Criciúma viemos demonstrar nossa revolta por mais um ataque transfóbico sofrido por uma mulher transsexual em Criciúma, onde esta foi esfaqueada 30 vezes por todo o corpo por 2 homens. Não podemos nos calar com o que acontece nesta cidade, diversas mulheres trans já sofreram esse tipo de ataque, a comunidade LGBT é atacada diariamente em Criciúma e nenhuma providência parece ser tomada pelo governo da cidade! Damos todo nosso apoio a companheira Rebeka que foi vítima de mais um ataque de ódio e exigimos que haja justiça para ela e para todas as outras. Precisamos lutar contra esse governo genocida que não trás nenhuma política para a comunidade LGBT, pelo contrário, somente dissemina mais ódio”.

 

 

 


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