Aluno responsável por ataque em São Paulo já tinha histórico de violência, diz secretário de educação

Foto: Reprodução/Youtube/OCP News

Por: Pedro Leal

28/03/2023 - 08:03 - Atualizada em: 28/03/2023 - 08:22

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O secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder, informou que o aluno de 13 anos, autor do ataque na Escola Thomazia Montoro, em São Paulo, teve problemas com violência na instituição em que estudava anteriormente.

Nesta segunda-feira (27), o menor matou uma professora, feriu outras três e um estudante. As informações são da Band Jornalismo.

“Ele [autor do ataque] veio de outra escola, onde ele também teve problemas. Ele teve problemas de violência em outra escola”, contou Feder em entrevista coletiva nesta tarde, horas após o atentado.

O secretário também anunciou o fechamento da Escola Estadual Thomazia Montoro por uma semana, prorrogável por mais tempo. De acordo com o gestor, a pasta antecipará o recesso de julho na referida instituição.

“A escola, também, vai ficar fechada por uma semana. Então, quanto às aulas, a gente vai acompanhando se precisa estender o fechamento da escola. O que a gente vai fazer é antecipar o recesso de julho. Nenhum aluno vai perder aula, mas não vai ter aula semana que vem”, disse o secretário.

Vítimas

A professora que morreu foi Elisabete Tenreiro, de 71 anos. Ela foi brutalmente esfaqueada numa sala de aula. Outra docente ficou gravemente ferida ao tentar desarmar o aluno. O secretário explicou que todas as vítimas sobreviventes não correm risco de vida.

Uma das professoras feridas, Rita de Cássia, era tutora do aluno e estranhou o ataque dele.

“Os alunos escolhem quem querem que seja tutor, para guiá-los na escola mesmo. Esse é o segundo ano que sou tutora dele, ele quis ficar comigo esse ano, na sexta-feira (24), ele faltou a tutoria, não sei se foi para frente, se houve providência. Quando ele retornou para a sala de aula, perguntei e ele não respondeu o porquê de ter faltado”, afirmou ao programa Brasil Urgente.

Ela conta que ouviu gritos vindos da sala da professora Elizabeth Tenreiro e pensava que os alunos foram liberados para outra aula e que era apenas uma agitação. “Eu abri a porta para apaziguar, dizer que não poderia correr. Aí ele me atacou, eu gritava ‘para, para, para’, mas ele não parou, levei três golpes”, conta.

“Ele é briguento, um rapaz sempre metido em confusão. A briga já está relacionada à violência, mas machucado alguém, não. ele já havia brigado com tapas, algo de criança, mas que teve consequências sérias”, diz a professora.

Medidas

Sobre medidas, o governo informou que vai ampliar de 500 para 5 mil profissionais dedicados ao “Conviva”, programa que prepara profissionais da educação para cuidarem do lado psicológico dos alunos.

“Independentemente da tristeza de hoje, já está no cronograma a contratação de 150 mil horas de atendimentos de psicólogos e psicopedagogos para as escolas. O processo está na cotação de preços. Em mais algumas semanas, a gente vai fazer essa licitação – já estava no planejamento isso – para o atendimento presencial com 150 mil horas de psicólogos e psicopedagogos nas escolas”, explicou o secretário.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).