A tragédia que abalou a comunidade de Gateshead, no condado de Tyne and Wear, na Inglaterra, teve seu desfecho neste fim de semana com a confirmação da morte do adolescente Layton Carr, de 14 anos. Desaparecido desde a noite de quinta-feira (1), o jovem foi encontrado sem vida entre os escombros de um prédio abandonado em chamas na região de Bill Quay.
O incêndio, registrado por volta das 20h de sexta-feira (2), ocorreu nas proximidades do Parque Industrial Fairfield. Equipes do Serviço de Resgate e Incêndio de Tyne and Wear (TWFRS) atuaram durante toda a noite no combate às chamas, classificadas como um “incidente grave”. A área foi isolada, e moradores das redondezas foram orientados a manter portas e janelas fechadas por precaução.
O corpo do adolescente foi localizado entre os destroços do edifício, pertencente ao antigo complexo industrial da Marconi, que está abandonado há mais de 40 anos. Apesar de cercado por muros altos, o imóvel possui vários pontos vulneráveis, frequentemente violados por jovens. Segundo vizinhos, o local é alvo constante de vandalismo e é acessado por crianças e adolescentes mesmo após tentativas da comunidade de impedir o acesso.
O caso está sendo tratado pela Polícia de Northumbria como morte suspeita, e 14 jovens — 11 meninos e 3 meninas, com idades entre 11 e 14 anos — foram apreendidos sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção de matar). Todos permanecem sob custódia enquanto as investigações seguem em andamento.
Como resposta à tragédia, amigos e vizinhos se mobilizaram para ajudar a família de Layton. Uma campanha online foi criada por uma amiga da mãe do adolescente, com o objetivo de arrecadar recursos para cobrir as despesas do funeral. No texto, a organizadora destaca o impacto emocional da perda e a importância de aliviar, ao menos parcialmente, a sobrecarga enfrentada pelos familiares.
No entorno do prédio incendiado, flores, cartazes e brinquedos foram deixados em homenagem ao jovem. Mensagens escritas à mão expressam carinho, tristeza e saudade. “Você foi uma luz na vida de todos nós”, dizia um dos bilhetes.
A inspetora-chefe Louise Jenkins, responsável pela investigação, declarou que a prioridade da força policial neste momento é oferecer apoio à família de Layton e garantir que os fatos sejam esclarecidos com sensibilidade e rigor.