A família de Andreia Campos Araújo aguarda determinação judicial a respeito da “ação de obrigação de fazer” movida contra o Facebook para que a página do perfil da vítima seja excluída permanentemente da rede social. No momento, o perfil de Andreia aparece transformado em um memorial.
A medida tem por objetivo preservar a memória da jovem de 28 anos que foi assassinada pelo companheiro, Marcelo Kroin, 38 anos, na madrugada do dia 5 deste mês, durante uma briga do casal na casa em que eles moravam há cerca de cinco meses, no bairro Jaraguá Esquerdo, em Jaraguá do Sul.
Segundo as advogadas Luana Leier Soares Casanova e Ghazaleh Parham Fard, que encaminharam a ação, a família da vítima, abalada com a morte precoce e violenta, ainda enfrenta o choque de ter que conviver com comentários desagradáveis e julgamentos a respeito do crime e da conduta dos envolvidos nas redes sociais.
Como desativar perfis de pessoas mortas das redes sociais, em especial no Facebook, caso amigos ou familiares não tenham o login e a senha dos mesmos, não é uma tarefa fácil, elas optaram por entrar com a ação e agora aguardam a decisão judicial.
Para familiares dos mortos, o Facebook oferece como alternativa transformar os perfis em um memorial em homenagem ao morto, onde não será permitido incluir novos amigos, mas serão preservadas suas fotos e mensagens, e ainda podem ser acrescentados novos comentários.
Outra medida é que alguém próximo ao morto forneça pelo menos um endereço de e-mail provável, mas como ninguém tinha acesso a estas informações de Andreia, a família optou pelo pedido pela exclusão. Outra possibilidade é que em vida o titular da conta nomeie alguém como seu herdeiro, com poderes para deletar o perfil ou continuar ativo.
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