O temporal com acumulado de 89 milímetros de água em 40 minutos pegou Jaraguá do Sul de surpresa.
Os alagamentos nas ruas de dez bairros do município ocorreram rapidamente na tarde de segunda-feira (21).
Ruas no Centro, Rio Molha, Barra do Rio Molha, Barra do Rio Cerro, Rio da Luz, São Luiz, Tifa Martins, Jaraguá Esquerdo, Vila Nova e Jaraguá 99 foram inundadas.
A Defesa Civil do município também atendeu 11 ocorrências entre quedas de muros, deslizamentos de terra, quedas de árvores.
Queda de barreira e árvores na rua Oscar Schneider, no bairro Jaraguá 84 | Foto: Fábio Junkes
A principal delas foi interdição da ponte localizada na rua Rinaldo Bogo, no bairro Ilha da Figueira, que está com risco de queda.
O diretor de Defesa Civil de Jaraguá do Sul, Hideraldo Colle, afirma que o volume de água que foi registrado em 40 minutos é o suficiente para preencher o acumulado de 20 dias.
Alagamento na rua Alvino Stein, no bairro São Luís | Foto: Fábio Junkes/OCP News
A mudança no clima também foi repentina, o que acabou surpreendendo a todos.
“Ninguém estava esperando. A previsão que chegou por volta das 14h era de 10 milímetros e chegou essa grande quantidade de água por volta das 16h30. Caiu 89 milímetros de água em apenas 40 minutos, isso é o acumulado de chuva de 20 dias no mês de fevereiro”, comenta Hideraldo.
Para o diretor regional da Defesa Civil de Santa Catarina, Osvaldo Gonçalves, a concentração da chuva foi outro fator que acabou aumentando os estragos.
Ele destaca que um alerta para forte chuva com vendaval e granizo na região da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) foi emitido às 14h55.
Porém, dos nove municípios da região, apenas três tiveram ocorrências relacionadas com a chuva, Jaraguá do Sul, Guaramirim e Massaranduba.
Gonçalves acredita que a maior parte da chuva foi concentrada em Jaraguá do Sul e isso acabou causando os estragos estruturais na ponte, por exemplo.
Ponte na rua Rinaldo Bogo foi interditada | Foto: Elisandro de Borba de Souza/Arrquivo Pessoal
“Essa quantidade de água concentrada em um só local e num pequeno espaço de tempo cria uma energia muito grande. Muitas estruturas acabam não resistindo, mas a gente sabia que poderia acontecer alguma coisa. A Defesa Civil está trabalhando na prevenção e o fato de não haver vítimas e danos consideráveis em residências com um evento dessa magnitude mostra isso”, destaca Gonçalves.
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