Zanin procura oposição para diminuir rejeição em sabatina no Senado

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

09/06/2023 - 14:06 - Atualizada em: 09/06/2023 - 14:21

Indicado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin já circula pelos corredores do Senado federal atrás de parlamentares de oposição, segundo fontes do Senado que pediram para não ser identificadas. Nos bastidores, a condução de Zanin ao cargo já é assunto dada como certa por governistas.

As informações são da Gazeta do Povo.

O advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva procura se aproximar da oposição para diminuir a resistência na hora da votação, prevista para ocorrer até o dia 21 de junho. Interlocutores do Senado relatam que ele teria ligado para parlamentares para marcar encontros e conversas.

De acordo com uma fonte da oposição no Senado, o clima é de amenidades e a indicação deve passar sem maiores dificuldades. Questionado se a oposição entraria com medidas judiciais, outra fonte diz que não há clima no Senado para qualquer ação contra o advogado de Lula.

Parte da aceitação no nome de Zanin para o Supremo, por parte da oposição, esbarra em dois fatos: o primeiro é que o Senado, em 125 anos de existência do STF, só rejeitou apenas cinco indicações do presidente. Todas ocorreram em 1894, no governo do marechal Floriano Peixoto.

O segundo fato é que, por ter ampla aceitação no Supremo, Zanin também conta amplo apoio de ministros da Corte no diálogo com parlamentares. A possibilidade de uma judicialização caso a nomeação seja barrada também é avaliada nos corredores da Câmara Alta.

A aproximação com senadores de oposição segue na esteira de um encontro realizado com um grupo de parlamentares evangélicos nesta terça-feira (6). Na ocasião, ele expôs sua opinião sobre o aborto.

Segundo uma fonte que estave no evento, o advogado alegou ser contra a expansão de novas hipóteses de aborto no Brasil. Por outro lado, defendeu a manutenção dos casos já previstos no Código Penal e disse que cabe ao Congresso debater e modificar o tema.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).