Votação para presidência da Câmara movimenta jaraguaenses em Brasília

Foto Divulgação

Por: Gustavo Luzzani

18/01/2019 - 09:01 - Atualizada em: 18/01/2019 - 16:10

O dia 1º de fevereiro será uma das datas mais importantes para o primeiro ano do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Será quando ele descobrirá a dificuldade que terá para executar sua agenda de reformas no Congresso Nacional, já que serão escolhidos os novos presidentes da Câmara e do Senado.

Enquanto um líder no Legislativo alinhado ao Planalto deixaria a vida do governo mais tranquila, as barreiras podem aumentar em votação importantes caso a oposição chegue à presidência.

Para vencer em primeiro turno, é preciso contar com o apoio de 50% do total de deputados ou senadores com o acréscimo de mais um voto. Se isso não ocorrer, um segundo turno será disputado no mesmo dia.

Os dois deputados federais eleitos por Jaraguá do Sul e região, Carlos Chiodini (MDB) e Fabio Schiochet (PSL), afirmam que seguirão as orientações das suas siglas na votação. Ao que tudo indica, hoje, o mais cotado para a presidência da Câmara é o deputado Rodrigo Maia.

Schiochet vê com bons olhos Kim Kataguiri

Dos 513 votos em disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, dois são de Jaraguá do Sul, Carlos Chiodini (MDB) e Fábio Schiochet (PSL). Como era de se imaginar, Schiochet disse que sua votação será alinhado com que o Partido Social Liberal conduzir.

“Eu sou PSL e entrei por conta do Bolsonaro, então meu voto é pelo bem de seu governo”, relata, admitindo que a votação desenhará muita coisa do novo governo.

Schiochet disse que até explicou para os eleitores em suas redes sociais que pensou em votar no Kim Kataguiri (DEM-SP), mas se o partido sinalizar a votação a Rodrigo Maia para facilitar a vida de Bolsonaro, ele vai seguir a linha do PSL.

Voto de Fabio Schiochet será de acordo com o pensamento do PSL | Foto Eduardo Montecino/OCP News

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinou que as eleições para as mesas da Câmara e do Senado sejam feitas mediante votação secreta, conforme prevê o Regimento Interno da Casa. Mas a opinião de Schiochet é contrária à decisão.

Ele acredita que a votação precisa ser aberta como forma de dar uma satisfação aos eleitores. “Não é o deputado Fábio que está votando, são 87.345 catarinenses que estão indo na minhã mão fazer esse voto”, enfatiza.

 

Quem são os concorrentes

Após fechar acordo com o PSL, partido de Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia disparou como o grande favorito para a disputa. Ele está liderando um bloco de 12 partidos, que, juntos, somam 283 deputados.

O principal bloco opositor à candidatura de Maia é liderado pelo deputado Arthur Lira. Após Bolsonaro declarar seu apoio, partidos de esquerda abandonaram a candidatura de Maia e estão estudando a possibilidade de apoiar Lira.

Ex-ministro da Saúde no governo Michel Temer, Ricardo Barros (PP-PR) também anunciou estar na disputa. Após sair do bloco de apoio a Maia, o PSB anunciou que o candidato alagoano João Henrique Caldas vai concorrer à presidência.

O MDB conta com dois concorrentes a vaga: o mineiro Fábio Ramalho e Alceu Moreira, do Rio Grande do Sul. Ramalho é atual vice-presidente da Câmara é aclamado por muitos parlamentares. Já Moreira deve correr por fora, mesmo sendo elogiado inúmeras vezes por Jair Bolsonaro.

Mesmo com o partido apoiando Maia, o Capitão Augusto (PR-SP), busca manter seu nome para conquistar cargos de destaque na Câmara. Represente do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguri (DEM-SP), de apenas 22 anos, manteve seu nome na candidatura mesmo sendo do mesmo partido de Maia.
 Contando com apenas 10 deputados, o PSOL resolveu manter um nome na disputa como gesto de oposição. Com isso, o carioca Marcelo Freixo está entre um dos candidatos à presidência.

Outras votações

Para presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), e escolha foi definida em consenso em torno de Júlio Garcia (PSD). A maior incógnita está na eleição para o novo presidente do Senado. O catarinense Esperidião Amin (PP) é um dos pré-candidatos, outro concorrente é Renan calheiros (MDB).

 

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