De forma sigilosa, o prefeito de Criciúma, Vaguinho Espindola (PSD), passou um dia e uma noite caracterizado como uma pessoa em situação de rua. A ação teve como objetivo vivenciar de perto essa realidade e projetar decisões a serem tomadas nas áreas de segurança pública, saúde mental e acolhimento.
“Essa experiência foi fundamental para entender a complexidade do problema e preparar decisões mais firmes. A Criciúma que acolhe com generosidade também precisa ser segura. Vamos fortalecer a rede de atendimento, mas também endurecer quando for preciso, inclusive com medidas como internação involuntária em casos extremos”, afirmou o prefeito.
Durante o dia, Vaguinho percorreu pontos centrais da cidade, como as praças do Congresso e Nereu Ramos e as ruas mais movimentadas. Ele foi abordado por moradores, recebeu alimentos, dinheiro nos semáforos e chegou a passar pela própria esposa e filhos, sem ser reconhecido pelas crianças.
Ao anoitecer, dirigiu-se à região do Pinheirinho, onde circulou por áreas próximas aos trilhos, locais com presença de pessoas em situação de rua. Toda a ação foi informada apenas à esposa e aos envolvidos na captação de imagens, que fizeram o acompanhamento à distância, com câmeras escondidas.
Por fim, o prefeito testou, anonimamente, o serviço da Prefeitura. No início da madrugada, já no bairro Santa Bárbara, foi abordado pela Assistência Social. A abordagem seguiu o protocolo padrão, com escuta, oferta de abrigo e tentativa de convencimento. A ação foi encerrada quando o servidor quis levá-lo para acolhimento. Nesse momento, o prefeito concluiu a ação e se identificou ao servidor.
“O trabalho das equipes é muito bom, mas estamos lidando com um novo cenário. Hoje, a maioria das pessoas nas ruas está em situação de dependência química. E a cidade precisa agir. Vamos acolher e assegurar todo o suporte a quem precisa, mas também garantir que nossas praças e calçadas sejam seguras para todas as famílias”, disse.
Nos próximos dias, a Prefeitura apresentará um conjunto de medidas com foco em segurança, combate às drogas e aprimoramento das políticas de acolhimento. As decisões serão baseadas na experiência vivida pessoalmente pelo prefeito, com apoio de técnicos do município.
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