Militares dos EUA interceptaram e apreenderam um navio petroleiro perto da costa da Venezuela nesta quarta-feira (10), anunciou o presidente dos EUA, Donald Trump, em um evento com empresários na Casa Branca.
As informações são da CBS News.
Trump não informou o nome, a bandeira ou a localização exata do petroleiro interceptado, e afirmou que a ação ocorreu “por um bom motivo”.
Também nesta quarta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou o “intervencionismo” dos EUA – ele não citou, no entanto, o caso do petroleiro.
“Da Venezuela, pedimos e exigimos o fim do intervencionismo ilegal e brutal dos Estados Unidos, basta de políticas de mudança de regime, golpes de Estado e invasões no mundo. ‘No more’ (não mais) Vietnã. ‘No more’ Somália. ‘No more’ Iraque. ‘No more’ Afeganistão. ‘No more’ Líbia. Basta de guerras eternas e imperiais”, discursou.
Após as declarações, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, também se pronunciou e divulgou um vídeo da operação.
Today, the Federal Bureau of Investigation, Homeland Security Investigations, and the United States Coast Guard, with support from the Department of War, executed a seizure warrant for a crude oil tanker used to transport sanctioned oil from Venezuela and Iran. For multiple… pic.twitter.com/dNr0oAGl5x
— Attorney General Pamela Bondi (@AGPamBondi) December 10, 2025
Segundo a postagem no X (antigo Twitter), os EUA estavam cumprindo um mandado de apreensão e o navio-tanque estava sendo usado para transportar petróleo sancionado da Venezuela e do Irã.
“Há vários anos, o navio-tanque está sob sanções dos Estados Unidos devido ao seu envolvimento em uma rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”, disse Bondi.
Segundo a rede CBS News, fontes anônimas afirmam que o petroleiro apreendido é uma embarcação chamada “The Skipper”, sancionada em 2022, e o governo Trump cogita novas operações deste tipo, em meio ao reforço militar dos EUA no Caribe e as tensões entre EUA e Venezuela; Washington alega estar combatendo o narcotráfico, enquanto Caracas afirma que a ação visa derrubar o governo de Maduro.