O plenário da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul aprovou nesta terça-feira (18), em primeira votação, o projeto de lei ordinária 61/2017, que institui e fixa o valor do auxílio-alimentação para 53 funcionários do Poder Legislativo, entre comissionados e efetivos. O valor será de R$ 15,00 por dia - R$ 330,00 mensais. Os vereadores continuam não recebendo o auxílio. O presidente da Casa, Pedro Garcia, explicou que o valor antigo do auxílio era de R$ 21,00 por dia trabalhado, o que somava ao final do mês mais de R$ 400,00. "Agora, o valor é menor, apenas R$ 330 reais. Se compararmos ao que era pago antes, a economia chega a R$ 93 mil por mês. Junto à reforma administrativa que fizemos no início do ano, em que enxugamos bastante o orçamento da Câmara, a economia chegará a quase R$ 1,8 milhão nos quatro anos da legislatura", acredita o vereador. - Leia mais: Câmara aprova projetos do pacotes de cortes sob protestos de servidores - O PL foi aprovado por 8 votos, com os votos negativos dos vereadores Arlindo Rincos (PSD) e Anderson Kassner (PP). Apesar do argumento do presidente da Câmara, de que haverá economia, Rincos e Kassner alegaram que não faz sentido aumentar despesas no Legislativo enquanto os servidores da Prefeitura são alvo de cortes. O projeto vai para a segunda votação nesta quinta-feira (20) em nova sessão ordinária do Legislativo. Ele não agradou nem aos servidores da Câmara, que terão redução do benefício, nem aos da Prefeitura, já que os mesmos protagonizaram uma greve de 30 dias em que uma das principais reivindicações era justamente evitar o corte do auxílio-alimentação da categoria, com pagamentos escalonados que, segundo a categoria, fere a isonomia. E os servidores da Prefeitura que tiveram este benefício cortado em projeto também aprovado pelos vereadores ficaram indignados com a posição dos legisladores. "Este valor será pago até mesmo para os servidores da Câmara que ganham mais de R$ 4.000,00, enquanto que para os servidores da Prefeitura que ganham mais de R$ 4.000,00 cortaram R$ 300,00?", questionou uma servidora da Prefeitura, complementando: "eu perco e eles ganham".