A vereadora de Florianópolis Carla Ayres (PT) relatou ter recebido um novo e-mail com ameaça de morte. Segundo a assessoria dela, o criminoso citou a rua em que a parlamentar mora e “disse que daria um tiro em sua cabeça”. A mensagem foi enviada na terça-feira (27).
Em fevereiro, Carla já havia recebido um e-mail com outra ameaça de morte. Conforme a petista, já foram cinco boletins de ocorrências por ameaças recebidas nos canais de comunicação da parlamentar desde que foi eleita, em 2020.
As informações são do portal G1. A Polícia Civil disse que vai investigar o caso.
Primeira mulher assumidamente lésbica eleita vereadora da Capital, a petista denunciou o conteúdo da ameaça durante um seminário que discutia os desafios da garantia de direitos da comunidade LGBTQIA+ na quarta-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
Durante o evento, ela leu o conteúdo do e-mail que criticava a criação do projeto sobre pobreza menstrual na Capital elaborado pela vereadora. Segundo Carla, o autor da ameaça também escreveu:
“Eu juro, mas eu juro do fundo do meu coração que eu vou trocar o meu Corsa por uma pistola 9 milímetros e vou comprar uma passagem só de ida para meter uma bala na sua cabeça e em todas as sapatonas, negros, gays, homossexuais que estiverem aí. Eu sou uma sombra, não tenho rosto”, diz o e-mail. Em outro trecho, o e-mail citou a rua em que a vereadora mora e afirmou: “Não durma tranquila, pois eu estarei ali, disposto e pronto para o dia da retribuição. Sapatona, aberração. O mundo seria bem melhor sem a sua corja imunda”.
Segundo Carla, o autor da ameaça é o mesmo que teria compartilhado mensagens de ódio contra duas deputadas estaduais de São Paulo, ambas negras e bissexuais.
Além das ameaças, Carla relatou ter sido assediada em uma sessão da Câmara de Florianópolis ao ser abraçada e beijada à força por um parlamentar em dezembro de 2022. O vereador Marquinhos da Silva (PSC) foi alvo de um processo interno que está em avaliação no Conselho de Ética.