Vereador de Jaraguá do Sul repudia aumento salarial de ministros do STF

Vereador Celestino Klinkoski (PP) criticou postura do STF em aprovar próprio reajuste salarial em 16,39%, enquanto trabalhador brasileiro recebeu 2% | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

09/08/2018 - 19:08 - Atualizada em: 10/08/2018 - 08:36

O reajuste de 16,39% no salário dos magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) – aprovado pelos próprios ministros da Corte na noite desta quarta-feira (8) – repercutiu na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul.

Na sessão desta quinta-feira (9), o vereador Celestino Klinkoski (PP) manifestou sua indignação com o reajuste salarial aprovado pelos próprios ministros.

Com o incremento de 16,39%, observou o parlamentar, os salários aumentarão de R$ 33,7 mil por mês para R$ 39,3 mil, “mais os penduricalhos e aquelas mordomias todas que chegam a quase R$ 100 mil por mês”, pontuou Klinkoski.

Efeito cascata

Além do aumento na remuneração dos ministros, o reajuste salarial pode gerar um efeito cascata nos demais salários dos poderes Judiciário, Legislativo e também do Executivo.

O pepista observa que os ministros justificam o incremento em um “achatamento” dos seus salários, desde 2015. “Digo isso porque o povo já esta com o salário achatado faz muito tempo. Hoje sobreviver com R$ 1 mil de salario mínimo é uma vergonha”, manifestou.

Klinkoski afirma que os trabalhadores são prejudicados pelo governo federal, que projeta uma inflação “inverídica”, levando a um reajuste salarial de no máximo 2% ao ano.

“É uma vergonha, pois quando há greve dos professores ou outras categorias tem alguns magistrados que julgam a greve ilegal ou usam outros álibis para não promover o aumento de salário dessas pessoas”, repudiou o parlamentar.

Aumento ainda passa pelo Congresso

O vereador parabenizou os ministros que votaram contra o aumento, entre eles a presidente da Corte, ministra Cármen Lucia, e lembrou que o aumento ainda deve ser analisado pelo Congresso, mas Klinkoski duvida que será rejeitado.

“Como a gente sabe, em época de eleição tem um monte de senador com a corda no pescoço e vai aprovar isso aí para sair de fino”, apontou o pepista.

Ele encerrou o discurso dizendo que o culpado pela crise do país não é o povo – a quem recai sempre a culpa e o ônus -, mas sim os “os mega salários, as pensões vitalícias e as outras situações [benefícios]”

“Tomara que esses novos governantes olhem para o povo também e dê um equilíbrio social para o nosso povo brasileiro”, finalizou.

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