Vereador Arlindo Rincos diz à Comissão Processante que não tem medo da verdade

Por: OCP News Jaraguá do Sul

21/07/2017 - 21:07 - Atualizada em: 21/07/2017 - 21:21

Por Rosana Ritta | Foto Eduardo Montecino/OCP

O vereador Arlindo Rincos (PSD) resolveu na tarde desta sexta-feira (21) quebrar o silêncio em torno de seu relacionamento com o professor Gleison da Silva Collares, que o acusa de ter cobrado parte de sua remuneração no período em que atuou na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, na legislatura passada, em cargo comissionado indicado por ele.

(Foto Arquivo/Lúcio Sassi)

Rincos disse aos vereadores da Comissão Processante nº 1/2017 que investiga a denúncia – Marcelindo Gruner (presidente), Eugênio Juraszek (relator) e Jaime Negherbon (membro) -, que desenvolveu uma relação de inimizade com Gleison em função do trabalho feito pelo indicado na Câmara, que teria deixado a desejar.

Rincos optou por ser o último a ser ouvido pela Comissão Processante, que deu sequência nesta sexta às oitivas iniciadas na quinta, para que pudesse responder a todas as eventuais denúncias. Ele acompanhou atentamente a todos os depoimentos. Na foto em destaque no alto da página, o momento em que a comissão ouvia o ex-assessor de Rincos Vitalício Ramos Wintrich.

No período da manhã foram ouvidas cinco pessoas. À tarde, outras cinco. Os depoimentos duraram em média 15 minutos cada. Os membros da comissão se reúnem na próxima semana, dia 26, quarta-feira para definir se outras pessoas serão ouvidas ainda, ou os depoimentos estão encerrados. Alguns nomes de depoentes não foram divulgados pela comissão, porque os mesmos pediram para que o anonimato seja mantido.

CONFIRA A ÍNTEGRA DO DEPOIMENTO DO VEREADOR ARLINDO RINCOS:

“Lamento muito que todos nós tenhamos que estar passando por isso. Desde o começo, preferi o silêncio. Fui acusado, e por alguns, já fui até condenado.

Ontem, a testemunha Gleison da Silva Collares disse a esta comissão que a verdade tem que vir à tona, doa a quem doer. Eu concordo com ele e vou um pouco além!

Uma acusação precisa de provas pra se sustentar. Uma condenação precisa de provas pra se sustentar. E um depoimento, prestado com o compromisso de falar somente a verdade, não pode ter mentiras.

Eu dei ao Gleison uma oportunidade e ele não aproveitou. Tivemos muitas discussões sobre a qualidade do trabalho dele, que não era impecável, e eu vou provar. A convivência profissional nos levou a uma relação de inimizade, construída por ele, e eu vou provar.

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A Polícia Civil está investigando perfis falsos criados nas redes sociais no ano passado, com os quais pessoas muito próximas ao Gleison interagem com frequência, e que são usados para me difamar, e eu vou provar.

O Gleison procurou pessoas próximas a vereadores da atual legislatura e pediu ajuda para ser mantido no cargo de diretor administrativo, alegando que precisava continuar recebendo aquele salário, e eu vou provar.

O Gleison já trabalhava contra a minha reeleição desde a pré-campanha. Aceitou que a esposa fosse candidata e fez reuniões para outros candidatos do meu partido e eu vou provar. Ele tem pretensão de ser candidato a vereador nas próximas eleições sim.

O Gleison enviou áudios desejando a minha morte e eu vou provar. Eu não tenho medo da verdade.”

DEPOIMENTOS DESTA SEXTA-FEIRA (21)

Manhã

DINALBERTO DE LUCA MOREIRA (ex-chefe de gabinete)

GILSON VIEIRA (ex-assessor de gabinete)

VENÍCIO GOLDACKER (assessor parlamentar)

SERGIO ANTÔNIO PERON (denunciante)

*Um nome não consta na lista, pois o depoente não permitiu qualquer divulgação a seu respeito

Tarde

GERALDO APARECIDO GOMES (ex- servidor da Câmara de Vereadores)

ARLINDO RINCOS (vereador)

*Os demais depoentes não permitiram divulgação de seus nomes

 

DEPOIMENTOS DESTA QUINTA-FEIRA (20)

1- GLEISON DA SILVA COLLARES ( denunciante)

2- ELISABETE BERTOLI (Chefe de Gabinete)

3- MARIA DO CARMO DELGADO DE SOUZA (Gerente Geral da Câmara de Vereadores)

4- VITALÍCIO RAMOS WINTRICH (ex-assessor de gabinete de Arlindo Rincos)

5- DAYANE DA SILVA XAVIER SCHEITZER (ex-assessora de TI)

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