O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (23) que está disposto a reduzir as tarifas com as quais ameaçou seus parceiros comerciais a partir de agosto, caso estes se comprometam a eliminar barreiras às importações americanas.
“Sempre cederei pontos tarifários se puder fazer com que os principais países ABRAM SEUS MERCADOS para os Estados Unidos. Outro grande poder das tarifas. Sem elas, seria impossível fazer com que os países SE ABRAM”, escreveu Trump em sua rede social própria, a Truth Social.
O governante americano, que desde seu retorno à Casa Branca intensificou sua guerra tarifária e anunciou taxas de 19% a 50% para mais de uma dezena de nações, incluindo o Brasil – taxado com a porcentagem mais alta até o momento – insistiu: “SEMPRE, TARIFAS ZERO PARA OS ESTADOS UNIDOS!!!”
Trump também celebrou que, devido a dois acordos comerciais com a Indonésia e o Japão, estes abriram “completamente e pela primeira vez” seus mercados aos EUA, em uma vitória relevante para as empresas dos três países, que “farão uma fortuna”, disse.
“SÓ REDUZIREI AS TARIFAS SE UM PAÍS ACEITAR ABRIR SEU MERCADO. SE NÃO, TARIFAS MUITO MAIS ALTAS!”, prometeu, ao final de uma série de mensagens onde destacou a magnitude dos pactos anunciados nesta terça-feira com Jacarta e Tóquio, aos quais imporá taxas de 19% e 15% respectivamente, uma redução da ameaça inicial de 32% e 25%.
Trump anunciou e depois suspendeu temporariamente o que chama de tarifas “recíprocas” a seus parceiros, com as quais busca reduzir o “grande déficit comercial” dos EUA com seus correspondentes.
Ao longo da trégua tarifária que originalmente terminaria em 9 de julho e depois foi estendida até 1º de agosto, o governo do republicano alcançou pactos com seis países: Reino Unido, China, Japão, Vietnã, Indonésia e Filipinas.
Ao não conseguir mais acordos, Trump enviou cartas notificando tarifas de entre 20% e 50% a dezenas de países, entre eles o Brasil, atingido com a maior taxa, caso estes não se sentem à mesa de negociação.
*Com informações da Gazeta do Povo.