Os ex-prefeitos Antônio Ceron, de Lages; Adriano Poffo,de Ibirama; José Thomé, de Rio do Sul e Júlio César Ronconi, de Rio Negrinho se tornaram réus em ações da Operação Mensageiro. A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu nesta quinta-feira (18) receber as denúncias.
A Operação Mensageiro, deflagrada pela primeira vez em 6 de dezembro de 2022, prendeu 17 prefeitos catarinenses em investigações que apuram um esquema de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na coleta e destinação de lixo, abastecimento de água e iluminação pública no Estado.
Caso a caso
No caso de Antônio Ceron, o TJSC viu indícios de fraude em três licitações, com direcionamento de editais e favorecimento de empresas do grupo Serrana.
No caso de Adriano Poffo, as denúncias indicam recebimento de propina mensal de R$ 2,5 mil entre os anos de 2017 e 2019, com pagamentos intermediados pelo “mensageiro” da propina para os prefeitos. A denúncia contra Adriano foi recebida integralmente.
No caso de Júlio César Ronconi, ex-prefeito de Rio Negrinho, a acusação é de receber cerca de R$ 810 mil durante o mandato e mais de R$ 650 mil após o mandato, totalizando R$ 1,46 milhões em propinas.
No caso de José Thomé, há indícios de fraude em contratos com superfaturamento de valores e manipulação de licitação.
Todas as argumentações das defesas não foram aceitas pelo TJSC.