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Suprema Corte dos EUA autoriza Trump a revogar visto de mais de meio milhão de imigrantes legais – entenda

Foto: Mandel Ngan

Por: Pedro Leal

30/05/2025 - 17:05 - Atualizada em: 30/05/2025 - 17:09

A Suprema Corte dos EUA autorizou nesta sexta-feira (30) que o governo do presidente Donald Trump revogue o status legal temporário de 532 mil imigrantes venezuelanos, cubanos, haitianos e nicaraguenses residentes nos EUA, abrindo o caminho para deportação – a medida não atinge brasileiros.

As informações são da Reuters.

A decisão desta sexta-feira anula um programa criado em 2022 por Joe Biden, que concedia autorização prévia de entrada legal nos EUA e visto com validade inicial de dois anos, desde que o imigrante tivesse um patrocinador americano responsável pelo apoio financeiro durante a estadia.

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Esta é a segunda tentativa de Trump de revogar o benefício; em março, ele tentou cancelar o direito de permanência, mas a decisão foi suspensa em abril pela Justiça de Boston.

Agora, a Suprema Corte derrubou a decisão que cancelou a suspensão e permitiu a retirada do status. Duas das magistradas foram contra a medida; o placar do julgamento não foi revelado. A Suprema Corte americana tem nove juízes.

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A liberdade condicional de imigração é um benefício temporário, que permite ao pleiteante permaneça e trabalhe no país por “motivos humanitários urgentes ou benefício público significativo”.

O Departamento de Justiça afirma que a suspensão do programa havia derrubado “políticas imigratórias críticas que são cuidadosamente calibradas para impedir a entrada ilegal”, efetivamente “desfazendo políticas democraticamente aprovadas que tiveram grande destaque na eleição de novembro” que levou Trump de volta à Presidência.

Por sua vez, os imigrantes afetados pela medida que entraram na Justiça contra ela afirmaram à Suprema Corte que enfrentariam graves danos se sua liberdade condicional fosse interrompida, já que o governo suspendeu indefinidamente o processamento de seus pedidos pendentes de asilo e outros auxílios à imigração.

Eles ainda disseram que seriam separados de suas famílias e imediatamente sujeitos à deportação acelerada “para os mesmos países despóticos e instáveis ​​de onde fugiram, onde muitos enfrentarão sérios riscos de perigo, perseguição e até mesmo a morte”.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).