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STF determina recolhimento de livro sobre Eduardo Cunha – autor “lamenta a censura” e diz que vai recorrer

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

16/01/2025 - 14:01 - Atualizada em: 16/01/2025 - 14:46

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retirada de circulação do livro “Diário da Cadeia”, publicado em 2017 pela editora Record; O autor, Ricardo Lísias, assina a obra sob o pseudônimo de Eduardo Cunha.

A decisão resulta de uma ação ajuizada pelo próprio Eduardo Cunha. O ex-deputado federal, que presidiu a Câmara entre 2015 e 2016, durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), alega que o uso do nome dele é uma “estratégia comercial ardil e inescrupulosa”.

No X, antigo Twitter, o autor afirmou que vai recorrer e que “lamenta a censura”.

As informações são do portal Metrópoles.

Cunha foi preso em 2016 no âmbito da Operação Lava Jato.

“Essa publicação não passa de uma gravíssima tentativa de ganho comercial a partir da atual posição de reclusão de Eduardo Cunha e de toda a expectativa pública pelo livro que ele já noticiou estar a produzir”, afirma a defesa do ex-deputado.

Ao acatar a ação protocolada por Cunha, Moraes estabelece que a obra não pode utilizar o nome dele como pseudônimo e que o autor e a editora ficam proibidos de vincular o livro ao nome do ex-deputado

Os exemplares já distribuídos e que estão à venda com a assinatura de Eduardo Cunha devem ser recolhidos, conforme a determinação do ministro.

O retorno ao mercado fica condicionado, de acordo com a decisão, à retirada do pseudônimo.

Moraes estabele, ainda, que os anúncios da obra sejam retirados do site da editora Record, assim como propagandas vinculadas a Cunha.

O ministro estabelece um prazo de 60 dias para que as ordens sejam cumpridas, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).