O prefeito Adriano Silva concedeu uma entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (5), para comentar a denúncia contra ele apresentada ontem (4) na Câmara de Joinville.
“Estamos aqui fazendo um trabalho sério, transparente e de uma política realmente diferente, que entrega ao joinvilense uma Joinville cada vez melhor. Ontem à noite, na minha percepção, eu sofri uma tentativa de golpe, um golpe antidemocrático, onde tentaram tirar um prefeito de sua cadeira em um ato sorrateiro”, disse Adriano Silva.
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Ele também afirmou que sempre manteve diálogo com a Câmara, levando uma política com propósito, mas vem sofrendo ataques por parte de alguns parlamentares.
“Esta não foi a primeira tentativa de CPI, mas tentaram ontem realmente fazer um ataque, aproveitando-se da ausência de quatro vereadores da base. Então, isso não demonstra uma fragilidade política, mas um ataque golpista para cima de um governo que tem uma entrega. Sabemos que estão tentando desgastar este governo para terem ganhos políticos futuros”, disse.
Silva também destacou que questionamentos sempre podem ser feitos e que, com frequência, servidores e secretários da Prefeitura vão à Câmara dar explicações sobre processos.
“Esta licitação iniciou lá no ano de 2021, mas foi judicializada e a Prefeitura ganhou esse processo. E foi dada continuidade neste ano. Portanto, ele ficou parado por uma questão judicial. Se tiverem dúvida sobre o processo, chamem a gente na Câmara de Vereadores para conversar e discutir o processo. Isto, sim, é válido e democrático”, afirmou o prefeito.
Decisão judicial
Adriano Silva também ressaltou que, caso haja um decisão judicial de que a Prefeitura deveria ter considerado a lei 9.204/2022 antes de republicar o edital, ela será acatada.
“Esse processo segue de forma transparente, com os acompanhamentos tanto do Tribunal de Contas como da Justiça. O processo, inclusive, está publicado em nosso portal para todos acompanharem”, pontuou.
Em relação à lei 9.204/2022, o prefeito Adriano Silva disse que ela foi sancionada em junho de 2022 e, portanto, somente após o início da licitação.
“Essa lei deixa explicíto que licitações anteriores devem ser respeitadas. Então, aquilo que iniciou antes deve permanecer. Para novas renovações, no futuro, essa lei será empregada”, explicou.
Ato orquestrado
Em relação à apresentação da denúncia, Adriano Silva diz não ter dúvida de que o ato foi “orquestrado”.
“Aproveitaram-se da ausência de quatro vereadores que sempre trazem o diálogo para a mesa. Nós temos vereadores da base, que estão com o governo, mas não estão aqui por favores. Estão aqui porque acreditam nos projetos e defendem a cidade de Joinville. E esses sete vereadores [favoráveis à denúncia], sem aviso prévio, sem qualquer sinal, tentaram tirar o prefeito de sua cadeira, para onde foi eleito democraticamente pelo povo joinvilense”, finalizou Adriano Silva.