Sindicato dos professores estaduais repudia nomeação de gerente

Reprodução/Facebook

Por: Elissandro Sutil

02/02/2019 - 10:02 - Atualizada em: 02/02/2019 - 10:19

A nomeação de Gleison Collares (PSL) para a Gerência Regional de Educação em Jaraguá do Sul nesta semana causou repercussão entre os professores. Agora, o Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina) emitiu nota de repúdio contra a nomeação.

Collares é conhecido por publicações polêmicas nas redes sociais e chegou a chamar o deputado estadual Vicente Caropreso de “esclerosado” por discordar do posicionamento do parlamentar sobre o projeto “Escola Sem Partido”.

Em 2018, uma denúncia foi protocolada contra Collares. No documento, um grupo de professores acusa o, agora, gerente regional, que também é professor, de “misturar assuntos políticos com conteúdos didáticos”.

Confira a nota de repúdio na íntegra:

“NOTA DE REPÚDIO À INDICAÇÃO DO GERENTE DE EDUCAÇÃO NA REGIONAL DE JARAGUÁ DO SUL

O SINTE – Regional de Jaraguá do Sul e seu colegiado de professores – vem a público manifestar que não reconhece, que repudia e denuncia a indicação do Sr. Gleison da Silva Collares para ocupar o cargo de Gerente de Educação da gerência da Regional de Jaraguá do Sul.

Para nós, defensores de uma escola laica, gratuita, de qualidade e universal, comprometida com uma sociedade justa, fraterna e que, acima de tudo, respeita a família, respeita o ser humano, respeita as liberdades individuais, respeita o direito à diversidade, respeita a liberdade de cátedra, respeita a opinião contrária, essa indicação é um forte sinal de retrocesso na educação.

Ao apontar um fundamentalista político, que como é de domínio público, incita à violência contra professores colegas de profissão, incita ao ódio e à violência contra quem não concorda com suas ideias políticas, através de um discurso pobre, raso de ideias e grosseiro por opção, a nossa região dará um passo atrás.

Para mudar a educação entendemos que precisamos garantir o diálogo e o respeito com políticas educacionais, culturais e sociais que estimulem continuamente a sociedade a pensar uma educação libertadora. Precisamos de serviços públicos de qualidade e com respeito.

Por tudo isso, queremos alguém que demostre empatia e/ou abertura ao diálogo e respeito aos preceitos democrático.”

 

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP